Situação de risco
A vereadora Anne Moraes (PL), ex-presidente da ADA (Associação Defensora dos Animais), foi indiciada, no IP (Inquérito Policial) conduzido pelo 6° DP (Distrito Policial) de Londrina, por crime ambiental e maus-tratos.O caso começou a ser investigado em dezembro de 2024, após uma operação com diversas autoridades encontrar ossadas enterradas na chácara utilizada como sede da ADA. Anne chegou a ser presa em flagrante, mas foi solta no mesmo dia após pagar fiança de R$ 1,5 mil.
O inquérito foi encaminhado para o MPPR (Ministério Público do Paraná), que pode denunciar e tornar a parlamentar ré no processo. O indiciamento foi pela suspeita de três crimes: poluição por resíduos sólidos, maus-tratos aos animais e “deixar de cumprir a obrigação de relevante interesse ambiental”. Somadas, as penas podem chegar a 13 anos de prisão.
“Em relação ao crime de maus-tratos, verificou-se que era ministrada aos animais medicação vencida. Alguns animais não estavam tendo água adequada e a alimentação também estava sendo insuficiente”, afirma o delegado João Reis, do 6° DP, que constatou poluição no descarte das carcaças de forma incorreta.
O IP cita que a associação possuía um freezer para armazenamento dos animais mortos, mas não cumpria um plano de gerenciamento de resíduos.
A adoção dos animais, que sempre permaneceram em grande número da ADA, não seria uma prioridade da entidade, segundo testemunhas ouvidas nas investigações.
De acordo com o delegado, o outro crime citado, por descumprir obrigação de interesse ambiental, teria ocorrido pelo acúmulo de animais e permanência de diferentes espécies no mesmo local, o que pode causar a proliferação de doenças.
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