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INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

Vândalos destroem imagens de santos em loja no centro de Londrina

Jéssica Sabbadini - Redação Bonde
15 set 2025 às 14:39

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Foto: Jéssica Sabbadini
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Uma loja de artigos religiosos na Alameda Miguel Blasi, no centro de Londrina, sofreu dois episódios de vandalismo na semana passada, em que imagens de santos foram quebradas e desfiguradas durante a madrugada. As imagens religiosas são feitas de cimento e ficam na parte de fora da loja.


O proprietário do estabelecimento, Walfrido Soares Barbosa, 52, afirma que essa é a primeira vez em que uma situação como essa acontece nos quatro anos em que está no local. Ele detalhou que ao chegar para trabalhar no dia 08 de setembro, por volta das 7h, viu a imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, destruída. 

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“Ele pegou uma pedra, quebrou, degolou e jogou a imagem no chão”, detalha, complementando que o vândalo também usou a pedra para desfigurar o rosto da padroeira. Barbosa explica que recolheu os pedaços da imagem para poder restaurar e optou por não divulgar o caso. Entretanto, na madrugada de sábado (13), o caso se repetiu. Ao chegar de manhã para trabalhar, a imagem de Santa Rita de Cássia também estava em pedaços. 


No primeiro caso, um fio da câmera de segurança foi desconectado, o que impediu a filmagem do ato. Desta vez, o proprietário explica que a posição do equipamento foi alterada, mas que foi possível captar alguns vultos e a frase: “mais uma”. 

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Foto: Arquivo Pessoal


'Pura maldade'

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Barbosa diz acreditar que o caso se trata de vandalismo e não cogita a ideia de que seja um ato de intolerância religiosa. Pela frase, o medo do lojista é de que a imagem de Santa Luzia, que fica na sequência, também seja violada ou que até mesmo o autor tente quebrar as vitrines do comércio. “Quem tem fé, quem tem religião, quem pratica a religião respeita a do outro. Isso não é intolerância religiosa, isso é vandalismo. Isso é um ato de pura maldade”, reforça. 


Na visão do comerciante, os autores do vandalismo são usuários de drogas que se estabeleceram em toda a região central de Londrina e que a sensação de insegurança só cresce no que deveria ser o cartão-postal da cidade. Com a maioria de clientes de idade mais avançada, ele garante que muitos deixaram de frequentar a loja por conta do medo. 

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Em relação às imagens que ficam na parte externa da loja, ele afirma que não vai remover e que caso a situação se repita, vai restaurar e recolocar. “Eu não vou sufocar a minha fé. Eu não vou deixar o mal prevalecer”, frisa. A imagem de Santa Rita de Cássia deve voltar ao pedestal ainda nesta segunda-feira (15) após passar pela restauração e pintura; por outro lado, a imagem de Nossa Senhora Aparecida deve levar mais tempo para ser recolocada, já que ficou mais danificada, principalmente na face. 



Foto: Arquivo Pessoal


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Insegurança e medo


A sensação de insegurança relatada por Barbosa também é compartilhada por outros comerciantes com ponto na Alameda Miguel Blasi.  A proprietária de um ateliê de costura e de um brechó, Elieth Eloide Santa, 62, afirma que as grades do estabelecimento ficam sempre fechadas e ela só abre quando chega algum cliente. Até mesmo a campainha precisou ser desativada, já que muitas pessoas em situação de rua ficam apertando para pedir comida, água ou roupas.

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Segundo ela, os roubos são frequentes na via, sendo que o caso mais recente na loja foi durante as festividades julinas, em que furtaram peças expostas em uma arara. A empresária ressalta a beleza da cidade de Londrina, mas lamenta o abandono de toda a região central. Natural de Santa Catarina, ela afirma que pensa em voltar para o estado, mesmo com o custo de vida mais alto.


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Transtorno todas as manhãs 


Ao chegar para trabalhar todas as manhãs, o comerciante Márcio Martinez, 64, proprietário de uma lanchonete na Alameda Miguel Blasi, relata que sempre encontra diversas pessoas em situação de rua dormindo em frente ao estabelecimento ou, no pior dos casos, urina e fezes humanas espalhadas pelo local. “Fica aquele fedor insuportável”, conta, explicando que é preciso lavar o local antes de abrir as portas. 


Além disso, ele também afirma que muitas das pessoas em situação de rua ficam incomodando os clientes que estão na lanchonete em busca de comida. Para manter a situação tranquila e evitar atritos, ele conta que acaba fornecendo algum salgado ou bebida.


O comerciante cobra alguma atitude por parte do poder público, mas também diz entender que a situação é difícil, já que é necessário ter espaços para atender todas essas pessoas, além de que entende que muitos não querem sair das ruas. 


Em nota, a Guarda Municipal de Londrina disse que faz um patrulhamento preventivo por toda extensão da região central da cidade, com foco no cuidado dos bens e instalações municipais e que, quando se depara com alguma ocorrência, age prontamente. “As rondas acontecem durante o dia e à noite, colaborando para a manutenção da ordem pública e a segurança geral”.


Acil condena ataques


Em nota, a presidente da  ACIL (Associação Comercial e Industrial de Londrina), Vera Antunes,  afirmou que condena qualquer ação de vandalismo, "seja contra o patrimônio privado ou público".   Na nota ela salientou  que "ações que depredam lojas afetam diretamente a saúde e a vitalidade do comércio, provocando prejuízos, mas, principalemente, degradando o ambiente e agredindo o desenvolvimento econômico local."   A dirigente  afirmou que combater o  vandalismo é uma medida urgente para revitalizar a área central. "Vandalismo é crime tipificado no Código Penal e deve se tratado como tal, com rigor."   Antunes disse que a "Acil vem dialogando com o poder público e as forças de segurança para que o espaço público, especialmente em áreas de comércio e serviços, tenha maior atenção e que a sensação de segurança aumente junto ao empresário."


Atualizado às 16h50

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