Uma forte corrente de ar atingiu algumas residências no Conjunto Chefe Newton Guimarães, na zona norte de Londrina, no início da tarde desta segunda-feira (09) e causou o detalhamento de três casas. De acordo com a Defesa Civil, o redemoinho não estava previsto nos radares meteorológicos e pegou até mesmo as equipes de surpresa. De maneira emergencial, a pasta distribuiu lonas para as famílias atingidas e nesta terça (10) fez a entrega das telhas.
Um dos moradores que teve a casa atingida pelo redemoinho, Leodato Matos, 64, contou que estava com o prato de almoço na mão quando, de repente, ouviu um estrondo, como se algo estivesse quebrando. Ao olhar pela porta da frente da casa, ele viu vários pedaços de telha sendo levados pelo vento. Na residência, a parte da frente da casa ficou destelhada.
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“Vendaval eu já vi, mas redemoinho é a primeira vez”, conta o especialista em manutenção elétrica e hidráulica. Segundo ele, alguns vizinhos pensaram que um botijão de gás tivesse explodido por conta do barulho. Ele conta que o redemoinho ‘subiu’ a Avenida Rainha do Lar até atingir as casas nas proximidades da Rua dos Eletricistas.
Além do telhado, a casa não sofreu nenhum outro dano, assim como toda a família está bem. Segundo ele, a expectativa é de retirar a lona e recolocar as telhas ainda nesta segunda-feira.
Outro morador do bairro afetado pelo redemoinho foi o vigilante Eduardo Henrique Gonçalves da Cruz, 51, que estava trabalhando no momento em que grande parte da casa ficou destelhada por conta da força dos ventos. Ele ficou sabendo pelos vizinhos, que enviaram as fotos. “Na hora me deu um branco e um gelo na alma”, relata, dizendo que nem conseguia acreditar no que estava acontecendo.
Ao caminhar pelo bairro, é possível ver pedaços de telha espalhados pela calçada e pela rua. Ao chegar em casa, o vigilante conta que ficou em estado de choque com a cena. “Em 51 anos de vida, eu já vi muita coisa, mas isso para mim foi novidade”, admite.
Agente da Defesa Civil de Londrina, Valéria Miguel explica que, após receber o chamado dos moradores, até mesmo os agentes ficaram surpresos com a situação, já que nenhum radar apontava a possibilidade da formação de um redemoinho na região. Ao chegarem ao local, eles fizeram a distribuição de lonas e, nesta segunda, retornaram para fazer a entrega de 38 telhas para os moradores afetados.
Explicação para o fenômeno
De acordo com Júlia Munhoz, meteorologista do Simepar, existem duas possibilidades para o fenônemo registrado no Conjunto Chefe Newton Guimarães. A primeira é a de uma rajada de vento localizada e a segunda a de um redemoinho de poeira, que nada mais é do que uma coluna de ar giratória. Apesar disso, ela garante que não havia uma condição meteorológica favorável para um fenômeno com o potencial de causar o destelhamento das casas.
Nova onda de frio
A partir desta quarta-feira (11), uma nova onda de frio deve atingir a cidade de Londrina. No dia, a mínima deve ser de 9° e a máxima chega a 20°. Já na quinta-feira (12), que promete ser o dia mais frio, a mínima, logo pela manhã, deve ser 8°. A máxima fica na casa dos 17°. A partir da sexta-feira (13), de acordo com o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento do Paraná), as temperaturas já começam a subir gradativamente. Para os próximos dias, não há previsão de chuvas.
