A Sema (Secretaria Municipal do Ambiente) constatou mais um lançamento clandestino de esgoto em corpos hídricos fruto de um condomínio residencial, desta vez, no Lago Norte. O empreendimento fica na zona norte de Londrina, custou R$ 126 milhões e foi entregue neste ano, viabilizado, em parte, por recursos do Governo do Estado.
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O secretário da pasta, Gilmar Domingues, salientou que o condomínio possui cinco torres com pelo menos 11 andares, totalizando 448 apartamentos. “Não sabemos exatamente se todos eles estão com a ligação clandestina, mas o que a Sema já constatou é que uma adutora que faz a coleta de esgoto daquele condomínio está com o lançamento direto (no Lago Norte). Não observamos resíduos sólidos, porque deve ter alguma caixa de retenção”, informou.
A ligação irregular foi constatada na tarde de sexta-feira (18), por meio de um teste com corante vermelho no sistema de esgoto do empreendimento. Poucos minutos depois da aplicação, a água na galeria pluvial liberada no Lago Norte ficou tingida. O condomínio foi notificado para tomar as providências imediatas e cessar o lançamento de esgoto na rede em até 24 horas.
‘Nos pegou de surpresa’
A síndica, Giovanna Ongaratto, informou que a construtora responsável foi comunicada imediatamente após o recebimento da notificação, visto que o condomínio foi entregue recentemente, em abril de 2025. “Também acionamos os engenheiros contratados para avaliar e solucionar o problema, que nos pegou completamente de surpresa, sobretudo por se tratar de um empreendimento novo, com os serviços de saneamento devidamente pagos e com o Habite-se expedido recentemente”, completou.
Segundo Ongaratto, a construtora respondeu que uma equipe fará uma fiscalização presencial na segunda (20), com levantamento de laudos e projetos técnicos. A síndica questionou a expedição do Habite-se e a falta de vistoria antes da entrega do empreendimento.
A Sema instaurou um processo administrativo e irá encaminhar, na segunda, o caso ao Ministério Público, para a promotoria especializada na Proteção do Meio Ambiente. Conforme Domingues, a responsabilidade da construtora também será apurada, visto que edificações devem possuir um projeto hidrossanitário adequado. Nele consta como deve ser feita a coleta, o transporte e a destinação final dos efluentes, seja para uma rede pública de esgoto ou para uma fossa séptica.
Leia a reportagem completa na Folha de Londrina: