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12 mil pedaços

Santo Antônio: bolo do ‘santo casamenteiro’ reúne multidão em Cambé

Jéssica Sabbadini - Redação Bonde
13 jun 2025 às 14:03

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Jéssica Sabbadini
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Nem mesmo o frio e o vento impediram que os devotos de um dos santos mais populares do Brasil formassem uma longa fila, que contornava o quarteirão, para comprar um pedaço do bolo de Santo Antônio. Padroeiro de Cambé, o Dia de Santo Antônio é celebrado nesta sexta-feira (13) e reuniu uma multidão no Salão Paroquial da Igreja Matriz em busca da tão tradicional medalha.


Neste ano, foram produzidos 12 mil pedaços de bolo, sendo que três mil estão recheados com a medalha de Santo Antônio. Na tradição que já dura mais de 25 anos, quem acha pingente recebe a ajuda do santo casamenteiro para encontrar um companheiro ou companheira. E são muitas as histórias de quem achou sua ‘cara metade’, como a de um casal que se conheceu na fila do bolo e, no ano seguinte, se casou. 

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Quem conta essa história é a voluntária Inez Mazeto, 65, que está há 25 anos envolvida na festa do santo que tem o poder de reunir os casais. Ela explica que foi convidada a participar do projeto na primeira edição, em 2000, por ser confeiteira e permaneceu por devoção: “ninguém abandona Santo Antônio”. 

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O que começou com 1,5 mil pedaços foi crescendo em tradição e em fé ao longo dos anos, chegando à marca de 12 mil pedaços neste ano. 

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Em uma força-tarefa, mais de 100 voluntários acordaram cedo no feriado para cortar, confeitar e embalar os pedaços. Mazeto explica que são mais de 300 massas de bolo, totalizando cerca de uma tonelada, que são compradas já prontas e confeitadas pouco antes da venda começar. Primeiro, cada massa é cortada em pedaços para receber uma calda de leite de coco, deixando o bolo molhadinho. Na sequência, o coco em flocos é espalhado por cima, formando uma camada branca que traz ainda mais sabor.


Mas a melhor parte ainda está por vir, já que antes de embalar, os voluntários colocam as medalhas de Santo Antônio nos pedaços. Depois, todos os pacotes vão para a área de vendas. Cada pedaço é vendido a R$ 8. Inez Mazeto garante que tudo é feito com muito amor e carinho pelos voluntários, com cada um assumindo uma função para entregar um pedaço saboroso de bolo para os devotos. 

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Confeiteira de mão cheia, ela garante que a vida foi melhorando depois que ela passou a fazer parte do projeto. “A cada ano a minha clientela aumenta. Eu sou muito realizada, eu acredito que Santo Antônio me deu muitas bênçãos”, afirma. Com a fama de casamenteiro, a voluntária pontua que o poder de Santo Antônio vai muito além apenas da parte romântica, protegendo toda a família. 


Além da história do casal que se conheceu na fila, ela relembra a de mulheres que estavam há tempos procurando um companheiro e encontraram após serem abençoadas com a medalha de Santo Antônio. “Ele é conhecido por ser milagreiro, então age em todas as áreas da nossa vida”, afirma. 

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Outra voluntária que integra o projeto do Bolo de Santo Antônio há mais de duas décadas é a aposentada Maria Inez Delfini, 66, que garante que é uma alegria estar mais um ano ajudando a preparar o bolo. A devoção ao santo vem da infância, já que a avó e a mãe eram devotas de Santo Antônio. “A gente herdou essa devoção”, conta. 


Segundo ela, a cada ano o número de voluntários aumenta, sendo que muitos aguardam uma oportunidade de poder ajudar a dar continuidade para essa tradição que já perdura por 25 anos. 

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Jéssica Sabbadini


A fama de casamenteiro

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O padre Luciano Macedo, da Paróquia Santo Antônio, de Cambé, explica que o santo viveu durante o século 12 e era uma pessoa muito inteligente. “Quando ele pregava, até mesmo os peixes paravam de nadar para escutá-lo”, conta, citando uma das histórias sobre Santo Antônio. Além da sabedoria para falar e ser ouvido, ele também era conselheiro de casais, que foi de onde nasceu a fama de casamenteiro e que cresce cada dia mais. 


Em comemoração aos 25 anos do bolo na cidade, este ano a novidade é que um dos pedaços de bolo vai estar recheado com um par de alianças. Enquanto conversava com a reportagem, o padre, responsável pela missão, afirmou que estava prestes a escolher o pedaço que receberia o presente. “A gente pensou em fazer algo diferente para esses 25 anos, então este ano é uma aliança e quem sabe para o ano que vem a gente tenha outra novidade também”, adianta. 

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O pároco reforça que nem todos os fiéis vão encontrar a medalha ou o par de alianças, mas garante que o bolo vai muito além de uma simples sobremesa. “É um sinal de que você está pedindo a intercessão de Santo Antônio e a graça de Deus”, afirma.


Em Cambé, a festa ao padroeiro da cidade começou no dia 31 de maio e segue até o dia 29 de junho, com quermesse, bingo, show de prêmios e muita comida típica: “estão todos convidados”. A festa acontece no Centro de Eventos da cidade, ao lado da Igreja Matriz, na Rua Espanha, n°289, no centro de Cambé. 


Jéssica Sabbadini


Bolo: uma tradição cambeense


Ao passar por diferentes gerações de uma mesma família, a tradição de comprar o bolo de Santo Antônio está marcada no coração dos cambeenses. A devoção pelo santo emociona e rende lembranças das graças atendidas. 


Casada há 40 anos, a aposentada Zoraide Miranda, 55, conta que quando era mais jovem fez uma simpatia para Santo Antônio. Ela escreveu alguns nomes em um papel, dobrou, colocou em um prato durante o sereno da noite. A simpatia diz que o papel que se desenrolar é o nome do futuro companheiro. Dito e feito. Foi assim que conheceu o namorado e, agora, marido. 


“Eu pedi para Santo Antônio e fui atendida. Eu tenho muita fé”, afirma, emocionada. Para quem tem a vontade de encontrar um companheiro, ela garante que é só pedir com fé que Santo Antônio atende o chamado.


A diarista Maria Costa, 59, também foi uma das devotas do santo a acordar cedo para levar um pedaço de bolo para casa. Ela conta que no ano passado ficou sem porque deixou para ir depois do almoço. Neste ano, ela celebra que conseguiu garantir o bolo para a filha, Jéssica, logo pela manhã. 


O aposentado Valdecir Miranda, 64, estava levando cinco pedaços para casa a pedido da esposa, já que vê no bolo uma tradição para todos os cambeenses. “Todos os anos a gente prestigia a festa”, afirma, ressaltando que o bolo é sempre muito gostoso. 


“Ano passado eu achei duas medalhinhas”, afirma a aposentada Eufrásia Ondina Godói Stabelini, 67, que neste ano quer repetir a dose e encontrar novamente o pingente abençoado entre os sete pedaços que estava levando para casa. Com muita fé no santo, ela conta que o irmão recebeu o nome de Antônio em homenagem ao padroeiro de Cambé, de quem a mãe sempre foi muito devota. 


Jéssica Sabbadini


Festa da vacina


Além da festa em homenagem a Santo Antônio, outra festa foi organizada pela Prefeitura de Cambé para aumentar a cobertura vacinal contra a Influenza A: a da vacina. Uma equipe da Secretaria de Saúde vai estar até às 16h em frente ao Salão Paroquial para imunizar toda a população a partir dos seis meses de idade contra a gripe. Ao todo, 1 mil doses estão disponíveis. 


Prefeito de Cambé, Conrado Scheller (PSD) reforçou a importância de levar a vacinação para perto da população, já que muitos ainda não receberam a dose do imunizante. Na cidade, entre os grupos de risco, 54% das crianças, 57% das gestantes e 46% dos idosos já estão protegidos contra o vírus, mas apenas 17% da população geral buscou a vacina. 


Por isso, segundo o prefeito, a alternativa é organizar campanhas em pontos com alto fluxo de pessoas. Na semana passada, equipes da Saúde estiveram em diversos supermercados da cidade ofertando a vacina. 

“A gente une essa parte da religiosidade, a gente cuida do espírito, mas também cuida do corpo e já pode sair daqui com a proteção completa”, reforça. Ele detalha que o município já investiu mais de R$ 1,5 milhão em horas extras de profissionais que atuam nas Unidades de Pronto Atendimento da cidade para reforçar o atendimento aos casos de síndromes respiratórias. “A gente não pode perder para uma gripe”, alerta. 


Com altos índices de ocupação dos leitos de enfermaria e UTI (Unidade de Terapia Intensiva) na região, Scheller garante que a melhor forma de ‘desafogar’ o sistema é prevenir a doença, o que só vem através da vacina. “É uma batalha porque além de disponibilizar a vacina, nós temos que correr atrás das pessoas e pedir para que, por favor, elas se vacinem”, finaliza.  


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