Formada por pessoas dos mais variados cantos desse mundo, ela transborda a pluralidade de povos e cores, em uma mistura que fez de Londrina uma das cidades mais importantes do Brasil.
Lugar de italianos, japoneses, portugueses e outros tantos, Londrina também é lar de libaneses, em especial, de Salim Sahão, um dos pioneiros de uma trajetória prestes a completar 90 anos.
‘Salim Sahão, meu avô’ é um livro de memórias e realizações, fruto de um trabalho árduo e com o respeito à palavra dada. Esse é um dos ensinamentos que a neta, Sonia Sahão, 72, guarda e compartilha com carinho.
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Vindo do Líbano, Salim chegou ao Brasil em 1921 e, em Londrina, em janeiro de 1935. Formado na escola da vida, Salim Sahão não teve oportunidade de ir para dentro de uma sala de aula. Em oito páginas de papel sulfite, em uma mistura de libanês e português, começou a contar sobre a vida. Já idoso, morreu em 1977.
Sonia conta que sempre teve vontade de continuar a escrever a história que o avô começou. Em um ímpeto, finalizou, em 1989, a primeira edição do livro em poucos meses, reunindo fotos históricas da cidade e relatos de pioneiros sobre a trajetória do libanês. Sem experiência na escrita, aprendeu o bê-à-bá através de um colega.
Anos depois, em 2007, a segunda edição trouxe novas fotos e informações em comemoração ao recebimento do título de Cidadão Honorário do Paraná.
Agora, 35 anos após a primeira, uma reedição vai incluir novos depoimentos de quem conviveu com Sahão, além de capítulos escritos pela neta, Sonia. “É um livro que as pessoas vão gostar de colocar em cima da mesa”, afirma.
Em capa dura e com medidas de 30x30, o livro é escrito em português e com traduções para o inglês e francês. “É um presente meu em nome dele para os 90 anos de Londrina”, reforça. Segundo ela, é impossível desassociar a história de Londrina com a história de Salim Sahão: “as histórias se unem e se completam”.
Dos ensinamentos, guarda no coração e na ponta da língua a frase “um homem que fala uma língua vale por 2”, assim como as palavras que ele sempre repetiu: sabedoria, firmeza, trabalho e independência. Para Sonia, as páginas do livro contam a história de um pioneiro que veio para Londrina e conquistou o seu lugar ao sol, às custas de um trabalho correto, honesto e merecedor.
Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA: