A busca para adequar as parcelas do carro Honda Civic no orçamento familiar terminou de maneira surpreendente.
O veículo, usado diariamente no trajeto de casa para o trabalho e para levar o filho à escola, teve a busca e apreensão cumprida por um oficial de Justiça depois que a mulher, que prefere não se identificar, procurou uma empresa que promete soluções financeiras e renegociação de dívidas com descontos exorbitantes.
Com duas parcelas em atraso, a mulher e o marido procuraram a renegociação por meio da consultoria da empresa “O Solucionador”.
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“O atendente falou pra não pagar mais nenhuma parcela do veículo e ao invés disso, parcelamos em cinco vezes, mais de R$ 800 por mês, pelo serviço prestado pela assessoria financeira, que garantiu que estava em negociação com o banco e que não tinha nenhum risco de perder o carro”, relatou.
Quando informado sobre a notificação, a mulher afirma que o atendente sugeriu, em uma conversa registrada por aplicativo de mensagem, que a cliente escondesse o veículo para evitar a apreensão.
“Neste momento, eu pedi pelo rompimento do contrato, o que foi negado pela empresa. Em seguida, o único carro da família foi localizado e aconteceu a busca e apreensão”, lamentou.
A mulher afirma que a empresa levou mais de um mês para dar retorno depois que a cliente procurou uma orientação após perder o veículo. Agora, a mulher busca o ressarcimento na Justiça do valor pago pelo serviço, R$ 3.700,00, e também o montante referente ao carro.
“Eu perdi meu carro e o caso está na Justiça. Não quero nada, além do que é meu. Não é justo o que eles fizeram e ainda não vão devolver o meu dinheiro.”
Essa é umas das 116 reclamações que foram registradas no Procon em 2021 e 2022 contra quatro empresas, sendo que 74 queixas foram feitas no ano passado, o que representa um aumento de 75% no número de reclamações contra o setor de “soluções financeiras” de um ano para o outro.
A empresa “O Solucionador” lidera o ranking com 86 reclamações nos últimos dois anos, sendo que 50 queixas foram registradas em 2022 e nas primeiras semanas deste ano.
Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA: