Londrina

Prefeitura atrasa repasses à Londrisul, e empresa deixa de antecipar 13º de motoristas

04 dez 2025 às 16:12

Em meio ao cenário de crise financeira, a Prefeitura de Londrina atrasou os repasses do custeio do transporte coletivo à Londrisul, uma das concessionárias que operam o serviço na cidade. Um comunicado interno da empresa informou que o não pagamento nas últimas semanas impossibilitou a antecipação da segunda parcela do 13° salário dos motoristas.


“Para que todos tenham dimensão: o custeio representa cerca de 45% de toda a arrecadação da empresa”, diz o comunicado. O prazo para pagamento do 13° vai até 19 de dezembro, mas a Londrisul costumava antecipar o depósito.


Em nota divulgada nesta quinta-feira (4), a Prefeitura citou a “grave crise econômica” do município e o comprometimento do orçamento como justificativa para os atrasos. “No caso do sistema de transporte público coletivo, a falta de previsão orçamentária deixada pela gestão anterior significou um déficit de R$ 105 milhões”, cita o texto.


O rombo no transporte não é novidade e tem sido um dos principais desafios do prefeito Tiago Amaral (PSD) desde o início da gestão. A estimativa é de que o custo anual do sistema chegue a R$ 305 milhões, mas apenas R$ 128 milhões devem ser cobertos com a arrecadação da tarifa. Os demais R$ 177 milhões dependem de recursos públicos, porém R$ 105 milhões não estavam previstos no orçamento de 2025.


A passagem paga pelo usuário custa R$ 5,75, mas a tarifa técnica na área operada pela Londrisul é de R$ 10,20 - ou seja, quase metade do valor é custeado com dinheiro público. Na área da TCGL (Transportes Coletivos Grande Londrina), chega a R$ 11,80. Os reajustes ocorreram em dezembro de 2024, um dos últimos atos da gestão do prefeito Marcelo Belinati (PP).


“Vale lembrar que desde o início da atual gestão, a Prefeitura vem buscando uma série de alternativas para viabilizar recursos e, com isso, honrar todos os seus compromissos. Uma dessas alternativas para o caso específico dos repasses ao transporte coletivo é o remanejamento de recursos de outras pastas, que está em processo de análise pelas equipes técnicas”, afirma a Prefeitura.


“Outra alternativa para fazer frente a essa despesa é o chamado PL de expiração dos créditos, que tramita na Câmara e que pretende disponibilizar recursos não utilizados pelo sistema", continua a nota.


Leia a reportagem completa na Folha de Londrina:

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