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POLÍTICA

MP em Londrina acusa Anne de usar assessores como advogados particulares

Douglas Kuspiosz - Grupo Folha
05 set 2025 às 19:05

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Reprodução/Instagram
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O promotor Renato de Lima Castro, da 26ª Promotoria de Justiça de Londrina, ajuizou uma ação civil pública contra a vereadora Anne Moraes (PL) por ato de improbidade administrativa. Segundo o MPPR (Ministério Público do Paraná), ela teria usado assessores de seu gabinete para serviços advocatícios particulares. Anne também responde a uma representação na CML (Câmara Municipal de Londrina) pela mesma acusação, que pode levar à cassação de seu mandato.


Entre janeiro e abril de 2025, três advogados contratados como assessores parlamentares teriam atuado em oito processos judiciais nas áreas cível, eleitoral e trabalhista, de interesse da vereadora ou da ADA (Associação Defensora dos Animais), da qual ela foi presidente. O Ministério Público calcula um enriquecimento ilícito de R$ 33.117,96, valor estimado com base na tabela de honorários da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). 

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Para o órgão, Anne criou “um sistema de permuta ilícita”, em que as nomeações serviriam como contrapartida pelos serviços jurídicos, que deveriam ser custeados com recursos próprios.

Um dos indícios de irregularidade seria a participação de um dos assessores em audiência de processo particular durante o expediente e nas dependências da Câmara. O registro de frequência do servidor comprovaria que ele estava em horário de trabalho, situação confirmada pelo ex-assessor em depoimento prestado ao MPPR.

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“As sucessivas pessoas nomeadas por ela, exercendo cargos em comissão, passaram a assumir a função de advogados em processos privados, de interesse pessoal, sem conexão com atividade parlamentar”, afirma o promotor Renato de Lima Castro à FOLHA. “Ao exonerar um e outro assumir [no gabinete], ao mesmo tempo era substabelecido o sucessor para que tocasse a ação. Isso demonstra, de forma clara e objetiva, que a finalidade era remunerar esses advogados particulares com o dinheiro público.”


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Durante o inquérito, os advogados confirmaram que não receberam pagamento direto pelos serviços particulares prestados. Em oitiva no Ministério Público, durante o inquérito, a vereadora optou por permanecer em silêncio.

“Temos elementos concretos de que ela contratou essas pessoas porque elas são advogados e, para tanto, advogar em causa própria com dinheiro público”, acrescenta Castro.


O MPPR pede a condenação de Anne por improbidade administrativa com enriquecimento ilícito, o que pode resultar na perda do cargo de vereadora, suspensão dos direitos políticos, pagamento de multa e proibição de contratar com o poder público.

Segundo o promotor, um caso semelhante ocorreu em Maringá (Noroeste), com a condenação e cassação da vereadora Cris Lauer (Novo) por ato de improbidade administrativa. Ela também foi acusada de usar serviços de advocacia do seu chefe de gabinete para questões particulares durante o horário de expediente.

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Imagem ilustrativa da imagem MP acusa Anne de usar assessores como advogados particulares
                                                                        Foto: Douglas Kuspiosz

Defesa Contesta


O advogado Fábio Turetta, que representa a vereadora, disse à FOLHA que "os fatos denunciados são ilações sem fundamento e elementos de prova suficientes". "A defesa está segura de que ao ser analisado pelo Poder Judiciário, o conjunto que embasa a denúncia desmoronará e a vereadora será prontamente absolvida”, afirma o advogado.

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Segundo a defesa, os relatos de que os advogados não foram pagos diretamente pela vereadora são “informações circunstanciais utilizadas fora de contexto”. “Quem fez tais afirmações tem o ônus probatório sob sua responsabilidade. A defesa não vai adentrar com maior profundidade para evitar prejuízo no curso da instrução do processo”, completa.

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Em nota, a vereadora se manifestou no mesmo sentido, dizendo que, fora do horário de expediente, os advogados que trabalhavam em seu gabinete “seguiram a vida profissional deles normalmente”, pois não há exigência de exclusividade. “Eu quero deixar muito claro: eu não cometi nenhum ato de improbidade.”

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“O que estão tentando fazer é criar uma história que não existe. Dizem que eles não eram pagos por mim, mas que ‘recebiam’ através do salário de assessores para cuidar de causas particulares minhas. Isso não é verdade. Nenhum deles foi remunerado por mim por serviços de advocacia. O salário que recebiam era pelo trabalho como assessores, trabalho que de fato era feito e registrado”, sustenta a parlamentar.


“Essas acusações são baseadas em suposições, não em provas. Quem está fazendo esse tipo de afirmação tem o dever de provar, porque eu não tenho nada a esconder. E mais: quem mentir para sustentar esse tipo de versão vai ter que responder por isso na Justiça”, ressalta Anne, que diz acreditar que será absolvida.


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