O MPPR (Ministério Público do Paraná) denunciou 25 pessoas ligadas a uma organização criminosa voltada à exploração de jogos de azar (jogo do bicho), usura e lavagem de dinheiro. Com 42 crimes investigados, a ação faz parte da Operação Las Vegas comandada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Londrina.
As apurações revelaram que o grupo era liderado por um empresário local, que mantinha uma plataforma tecnológica de abrangência nacional para gerenciar apostas ilegais.
Segundo a denúncia, a partir da plataforma digital, o grupo obteve lucros elevadíssimos, que eram “lavados” por meio de um sofisticado esquema envolvendo a criação de empresas de fachada — utilizadas para movimentar valores e ocultar a propriedade de bens —, além da aquisição de bens móveis e imóveis.
Além disso, o MPPR solicitou à Justiça o bloqueio dos bens, no valor de quase R$ 200 milhões (R$ 197.716.102,00). O montante corresponde ao faturamento bruto da organização criminosa em parte do período investigado.
Foi requerido ainda a apreensão de dezenas de imóveis e veículos de luxo adquiridos com o dinheiro ilícito, a reparação por danos morais e o confisco do patrimônio dos principais denunciados e de suas empresas.
OPERAÇÃO LAS VEGAS
A Operação Las Vegas, nome dado em referência ao esquema de jogos ilegais, teve duas fases: a primeira, em 30 de janeiro, e a segunda, em 16 de outubro de 2025, ambas destinadas ao cumprimento de mandados de busca, apreensão e prisão.