Manifestantes de Londrina estão organizando um ato contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Blindagem e o PL (Projeto de Lei) da Anistia, aprovados na última quarta-feira (17) pela Câmara dos Deputados. O protesto acontecerá neste domingo (21), às 15h, próximo à academia ao ar livre do Zerão (Região Central).
A PEC 3/21, que foi apelidada de PEC da Blindagem, estabelece que parlamentares só poderão ser investigados e julgados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) com autorização da Câmara ou do Senado. Já o PL 2162/23, da Anistia, propõe o perdão judicial a condenados e investigados desde outubro de 2022, incluindo os atos de 8 de janeiro de 2023. Com a aprovação da maioria dos deputados na última quarta, o PL passa a tramitar de forma mais rápida na Casa Legislativa.
Em Londrina, o protesto foi pensado por integrantes do Fórum de Cultura, que se mobilizaram virtualmente para organizar o evento de domingo.
Para Castro, a ideia do evento é "juntar as pessoas indignadas na rua e mostrar à população da cidade que isso não pode continuar". Segundo ela, a mobilização também é necessária para mostrar que em Londrina "ainda existem pessoas progressistas".
"Falam com um discurso homogêneo que Londrina é uma cidade conservadora. Não! A gente existe também. Hoje somos minoria, mas ainda existimos. Muita gente não concorda com essa forma de pensar", afirma.
Em outras cidades
Além de Londrina, manifestações também estão marcadas em outros municípios do Paraná. Em Maringá (Noroeste), o ato começará às 9h na Praça Rocha Pombo. Em Foz do Iguaçu (Oeste), às 10h na Praça da Paz. Em Ponta Grossa (Campos Gerais), às 15h na Igreja dos Polacos. Também haverá protesto em Cascavel (Oeste), às 17h, na Alameda Souza Naves.
Um dos maiores movimentos no estado acontecerá em Curitiba, às 14h, na Boca Maldita. Segundo o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores) no Paraná, Márcio Kieller, os presentes "reivindicarão os interesses da população em detrimento aos dos parlamentares".
"O Congresso tem demonstrado que está lá a seu próprio serviço, fazendo coisas que os interessam mais do que a vontade do povo que o elegeu. É fundamental darmos um recado nas urnas sobre a importância do Congresso legislar para o povo, não em causa própria. E vai acontecer no Brasil inteiro", ressalta Kieller.
De acordo com o presidente da CUT, há "outras pautas prioritárias que devem ser aprovadas e que estão sendo deixadas de lado" pela Câmara dos Deputados.
"Queremos projetos para a classe trabalhadora aprovados. Temos paradas as propostas de isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, a do fim da escala 6x1, que também poderia avançar para melhorar a vida dos trabalhadores, e da taxação das grandes fortunas", avalia, pontuando que milhares de pessoas devem comparecer à Boca Maldita no domingo.
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