Londrina

Londrina: cerca de 40% do lixo que vai para o aterro é orgânico

25 ago 2022 às 08:18

A missão de preservar a vida útil do aterro sanitário de Londrina não é tarefa fácil e depende de esforço e conscientização coletivos. É fundamental aliar políticas públicas com estudos direcionados e informação. É através dela que muitos resíduos que não são rejeitos deixarão de chegar à CTR (Central de Tratamento de Resíduos), que fica no distrito de Maravilha, na zona sul de Londrina. 


A área de 30 alqueires possui cinco valas (células) cheias e, desde agosto de 2021, abriu uma sexta para receber as 412 toneladas de lixo diário que chegam no local de segunda a sábado, carregadas por 19 caminhões que fazem a coleta pública no município, incluindo distritos, patrimônios e vilas rurais. 


Um dos estudos apresentados no PMGIRS (Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos), instituído por meio da Lei nº 13.438, de julho de 2022, é o relatório de gravimetria, em que constatou-se que das 412 toneladas diárias de lixo destinadas ao CTR, 40% são matéria orgânica; 19% são plástico; 8% são outros tipos de materiais, com destaque para resíduos de espuma; 7% de têxteis; 6% de papel; 2% de papelão e 1% de vidro, isopor, metal, resíduos de construção e demolição. A amostra foi coletada entre os dias 29 de junho a 4 de julho de 2020.


De acordo com o levantamento, no grupo de matéria orgânica, “havia grande presença de palhas e sabugos de milho, compreensível pela época agrícola e cultural do ano em que há maior produção de alimentos à base de milho verde. Também havia grande presença de folhas de árvores secas, devido ao período de renovação biológica das árvores, e de folhas verdes, provavelmente em decorrência de podas de jardinagem que são feitas no período de dormência das plantas para que apresentem brotos vigorosos na primavera”.


No grupo do plástico foram encontrados muitos sacos de acondicionamento de lixo, sacolas de supermercados, frascos de PET e invólucros de alimentos.

  

NOVO CICLO PRODUTIVO


“Um dos principais problemas é que destinar quaisquer outros resíduos que não sejam rejeito para o aterro diminui o tempo útil das células. Há um sistema operacional complexo e de alto custo que poucos conhecem. E, justamente por isso, muitos resíduos que deveriam ser recolocados em novo ciclo produtivo, para gerar novos produtos, infelizmente são encaminhados para a CTR”, ressalta a geógrafa e servidora da Gerência de Educação Ambiental da Sema (Secretaria Municipal do Ambiente), Mariza Pissinati. 


Cada vala foi programada para durar quatro anos e meio, a partir de sua abertura. Ao receber os resíduos diários, a célula em atividade é coberta por terra no fim de cada dia. Ao ser finalizada, ela será aterrada e uma nova será cavada, sempre com impermeabilização para evitar a contaminação do solo e da água.  


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