Cerca de seis meses desde que foi publicada, a licitação para contratar uma empresa para executar a reforma da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim do Sol, na zona oeste de Londrina, enfim, teve um desfecho. A segunda colocada no certame, a Regional Planejamentos – que tem sede na cidade – foi declarada oficialmente vencedora e o certame foi homologado pela prefeitura, colocando um ponto final no imbróglio que o edital se tornou depois que uma empreiteira que foi desclassificada entrar até na Justiça para reverter o resultado.
Esta construtora entrou com um mandado de segurança no poder judiciário, que foi negado, mas seguiu tentando “segurar” a homologação pelas vias administrativas. No entanto, numa decisão final assinada pelo prefeito Marcelo Belinati, foi destacado que a construtora, que é de Santana de Parnaíba, São Paulo, ocultou documentos de contratos firmados com outros órgãos públicos, infringindo as regras do edital.
“Constam as diligências realizadas e a informação de que fora oportunizado à recorrente, por duas vezes, a apresentação de esclarecimentos e a juntada de documentos, os quais não foram suficientes para descaracterizar o descumprimento das normas do edital, tendo-lhe sido oportunizado o contraditório e a ampla defesa”, frisou o chefe do Executivo londrinense.
Leia mais:
Motociclista 'tiktoker' avança sobre repórter de tevê que rejeitou brincadeira de mau gosto em Londrina
Idosas do CCI Oeste se apresentam nesta quarta no Lar São Vicente de Paula em Londrina
Famílias de Londrina reclamam da comida servida aos detentos da PEL 3
Obra afeta distribuição de água em Londrina e Cambé nesta quarta-feira
A empresa que vai fazer a obra pediu R$ 1,6 milhão, praticamente o valor máximo da licitação. Entre os serviços que serão realizados estão melhoras na parte de alvenaria, revestimentos de paredes e teto, esquadrias, pisos, cobertura e instalação hidráulica e elétrica. O término previsto é de oito meses, a partir da assinatura da ordem de serviço.
Sem data
Entretanto, isso ainda não tem data para acontecer e, por consequência, a revitalização começar. Isso porque a secretaria municipal de Saúde ainda não entrou em acordo com a Iscal (Irmandade Santa Casa) para utilizar de forma provisória o antigo prédio do Mater Dei, na rua Senador Souza Naves, esquina com a avenida Bandeirantes, na área central.
“Fizemos algumas visitas, a pedido da equipe técnica da Santa Casa, na UPA Sol para que pudessem entender o tamanho da reforma. Existe um projeto de utilização do Mater Dei em um futuro próximo pela Iscal e justamente essa questão está dificultando em avançarmos em relação à locação. Mas mantemos o diálogo aberto”, ponderou o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado.
A Iscal confirmou à FOLHA as conversas, mas frisou que “ainda não houve uma definição por parte da Santa Casa”. Machado afirmou que hoje não existe um “plano B” caso a instituição não aceite. “Expusemos a importância dessa obra. É uma unidade onde passam 400, 500 pessoas por dia e precisamos, urgentemente, iniciar a reforma. Acredito que ainda há possibilidade de avançar na locação do Mater Dei nas próximas semanas”, projetou.
Continue lendo na Folha de Londrina: