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CASO BENTO

Juiz nega prisão preventiva de agressor do animal em Londrina

Heloísa Gonçalves - Redação Folha
28 jul 2025 às 19:10

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Foto: Divulgação/Deivid Wisley
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O homem de 26 anos preso em flagrante pelo crime de maus-tratos contra Bento, um golden retriever, na última sexta-feira (25), foi solto no sábado (26) após passar por audiência de custódia no CITL (Centro Integrado de Triagem de Londrina). O MPPR (Ministério Público do Estado do Paraná) pediu sua prisão preventiva, que foi negada ainda na audiência.


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Ele teve liberdade provisória concedida pela Justiça, enquanto a PCPR (Polícia Civil do Paraná) aguarda a conclusão de documentação médico-veterinária a fim de concluir o inquérito policial. A 20ª Promotoria de Justiça de Londrina informou, nesta segunda (28), que o processo deve ser recebido nesta semana, com abertura do prazo para análise da promotora titular, Révia Luna.


Foram impostas medidas cautelares ao ex-tutor, que perdeu a guarda do cachorro e não pode mais abrigar qualquer outro animal de estimação. Ele pode ser condenado a até cinco anos de prisão. Não cabe fiança ao caso.

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Denúncia


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O homem foi flagrado por um vizinho, morador do mesmo bairro na zona sul de Londrina, apoiando o animal no vidro da sacada sob as patas traseiras, segurando-o pelo pescoço e desferindo fortes tapas em sua cabeça. O choro do cão podia ser ouvido do apartamento da testemunha, que mora em outro prédio no bairro Terra Bonita e gravou as agressões em vídeo.


Ainda na sexta (25), o ex-tutor foi preso pela GM (Guarda Municipal) após acionamento do vereador Deivid Wisley, que recebeu os registros de denúncia. O homem confessou o crime, alegando que bateu no cachorro porque ficou nervoso com Bento “comendo” um móvel da casa, explicou Wisley.

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Casa nova

O cão foi encaminhado a um lar temporário no mesmo dia, sendo que no domingo (27) já foi levado a sua casa definitiva. “Ele foi para o veterinário hoje (segunda), está com uma dor no quadril, acho que por conta das pancadas que tomou, mas não é nada preocupante, nada grave. Ele passou por exames de sangue, foi castrado e está tudo bem”, garantiu Wisley.


O vereador informou que foi o responsável por escolher o novo lar de Bento, e que não será divulgado o nome de quem o adotou e nem a cidade para onde o cachorro foi levado, “por questão de segurança das adotantes e dele também”.

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Estímulo e espaço

A raça de Bento, golden retriever, tende a ser sociável com humanos e outros cães, desde que o trabalho seja feito de maneira correta. A informação é do adestrador Davi Fabiano, que explicou que cachorros da raça devem ser estimulados para que gastem a alta energia que possuem. “Precisam passear, ter atividade dentro de casa. Eles utilizam muito a boca, gostam de carregar as coisas pra lá e pra cá, então precisa ter um brinquedo para roer, gastar a necessidade básica de usar a boca e se entreter”.


Os cães atingem um grande porte na fase adulta, então, se não houver um trabalho de obediência básica, “ele pula bastante nas pessoas, pega coisa de cima da mesa e do armário”, contou Fabiano. Por conta do tamanho quando já é adulto, o ideal é manter um golden retriever em um local com bastante espaço, porém, isso não exime o dever de levar o cachorro para passear, socializá-lo e promover atividades físicas e mentais pelo resto da vida dele.

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'Malcriação'

O ex-dono de Bento afirmou que agrediu o animal em uma tentativa de controlar o seu mau comportamento. Fabiano explicou que “não é que o cachorro é malcriado”, e sim, ele tem necessidades básicas que precisam ser supridas. “É claro que se ele tem um acúmulo de energia muito grande, fica o dia inteiro dentro de casa, não passeia, não faz nada, muitas vezes pelo tédio que ele tem vai acabar fazendo muitas coisas que não queremos”, pontuou.


É possível abrigar um animal de grande porte em um apartamento, como o que Bento residia, desde que o ambiente seja remanejado de forma a evitar acidentes. Também é importante ter tempo à disposição para manter o cachorro acompanhado, aconselhou o adestrador. “Se você trabalha, às vezes, 14 horas por dia, é muito complicado, porque o cachorro não pode ficar tanto tempo assim sozinho.”

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Um de muitos

A história de Bento terminou com um final feliz, porém, ainda não é o caso dos mais de 500 animais sob os cuidados da ADA (Associação Defensora dos Animais), que está sob intervenção judicial da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização).


A Companhia coordena o Serviço de Bem-Estar Animal, recebendo denúncias de maus-tratos e abandono pelo (43) 9994-8677 e levando os pets que precisam de atendimento médico ao Hospital Veterinário Municipal, na zona oeste.


Nos últimos 12 meses, foram registradas 1.508 denúncias do gênero, informou a CMTU. “Atualmente temos 14 gatos e 17 cães albergados em uma área especial, um “hotelzinho” (na Estrada do Limoeiro), que inclui também animais abandonados. Temos 17 animais albergados no Hospital Veterinário e ainda um total de 33 internados no local, entre cães e gatos, e 18 animais de grande porte em uma área apropriada para recebê-los”, pontuou.


Serviço

Após entrar em contato pelo telefone, o munícipe preenche um formulário online, disponível 24 horas por dia, fornecendo informações sobre o abuso anonimamente. Com análise da queixa, agentes da CMTU podem se deslocar até a localidade do animal e, se necessário, realizar a apreensão.


Mais informações sobre adoção de cachorros e gatos atendidos pelo Serviço podem ser adquiridas pelo WhatsApp (43) 99994-8677 ou pelo 3379-7925, de segunda a sexta, das 8h às 17h. As fotos de alguns animais estão no Instagram da CMTU (@cmtuoficial). Também é possível agendar uma visita ao “hotel" para conhecer os pets disponíveis.

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