Um jovem de 22 anos morreu na sala de emergência da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim do Sol, na Zona Oeste de Londrina, na noite desta segunda-feira (23).
Segundo o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, ainda há poucas informações oficiais sobre o caso. "Quando fiquei sabendo da notícia, ontem no comecinho da noite, prontamente determinei ao nosso diretor de urgência que criasse uma comissão com três médicos, com um especialista que pudesse fazer uma análise do atendimento desse jovem desde a abertura da ficha", afirma.
Machado explica que a sala de emergência na qual o óbito aconteceu é semelhante a uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva), o que significa que o paciente, identificado como Nycolas Dias, estaria sendo monitorado por uma equipe de profissionais.
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De acordo com o secretário, a UPA do Jardim do Sol registrou mais de 500 atendimentos nesta segunda-feira, o que dificultou o processo de apuração das informações. "Essas informações administrativas agora ficam a cargo dessa comissão, que vai ter um prazo de 10 dias, aproximadamente, para emitir um relatório."
O documento que será elaborado pelos médicos da comissão será enviado para a Corregedoria do Município, que irá avaliar se houve falta de observância aos protocolos de emergência das UPAs de Londrina.
DESCONFORTO RESPIRATÓRIO
As informações preliminares apuradas pelo secretário municipal de Saúde indicam que o jovem buscou atendimento médico na instituição por conta de um desconforto respiratório.
"A informação de que o paciente já teria buscado atendimento no domingo (22) é extraoficial, mas, como me passaram isso, pedi que a equipe fizesse uma verificação dos atendimentos dos últimos dias para ver se consta o nome do jovem e qual foi a conduta adotada pelos profissionais", explica.
Machado também não soube informar o horário de chegada e de atendimento do paciente na segunda-feira.
LOTAÇÃO NA UPA
O secretário municipal de Saúde aponta que o número de atendimentos realizados na segunda-feira foi atípico, já que, nos últimos meses, a média de pacientes atendidos era de 380 a 400.
"É evidente que isso causa determinados transtornos, atrelado ao fato de alguns casos graves e de urgência, como infelizmente o caso desse jovem que demanda uma atenção maior da equipe, acaba atrasando o atendimento das fichas de menor complexidade, que é a grande maioria dos atendimentos da UPA do Jardim do Sol", aponta.
Apesar da lotação, que fez com que o tempo de espera dos pacientes chegasse a cinco horas e 45 minutos, Machado destaca que a morte do jovem não tem relação com a falta de atendimento. "O paciente já havia passado pela triagem e até passado pelo médico, porque é o médico que encaminha para a sala de emergência."