Diego Pereira Granada, acusado de matar a ex-sogra Cibele de Assis Santos, 45, no conjunto Vista Bela (Zona Norte) foi condenado a 33 anos e 9 meses de reclusão pelo Tribunal do Júri de Londrina nesta terça-feira (25). O crime ocorreu em 30 de novembro de 2024. Ele respondia por feminicídio qualificado, vias de fato, ameaça contra a ex-companheira e porte ilegal de arma. Segundo o MPPR (Ministério Público do Paraná), o réu foi condenado por todos os crimes imputados.
De acordo com a denúncia, Diego matou Cibele com um tiro no peito após uma discussão com a ex-mulher, Ketelin, filha da vítima. O crime ocorreu na garagem da casa da família, na presença de três filhos de Cibele, um deles de 11 anos, além de quatro netos e outras duas crianças. O Ministério Público apontou agravantes como o crime ter ocorrido diante de crianças, a impossibilidade de defesa da vítima e o fato de ela ser responsável por um menor, além do contexto de violência doméstica e familiar.
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Após o disparo, Diego fugiu de motocicleta, mas foi localizado horas depois por equipes da Polícia Militar no Parque das Indústrias (Zona Sul). Ele estava armado com a pistola usada no homicídio e confessou o disparo à Polícia Civil. À época, alegou ter ido à casa da ex-companheira buscar um veículo e que havia reagido após ser “segurado” pela vítima, versão que não se sustentou diante das provas colhidas.
As investigações apontaram que Diego mantinha um histórico de agressões, ameaças e tentativas de controle durante o relacionamento de um ano e cinco meses com Ketelin. No dia do crime, ele teria agredido a ex-companheira com uma coronhada antes de atingir Cibele, que tentava protegê-la. Ele sempre negou as agressões e afirmou que o tiro foi acidental. O Tribunal do Júri, no entanto, acolheu integralmente a tese do MPPR.
Outro julgamento nesta quinta
Nesta quinta-feira (27), o Tribunal do Júri volta a analisar outro caso de violência contra mulher. Será realizado o segundo julgamento de Manoel da Silveira, acusado de tentar matar Tatiane Pereira, sua ex-companheira, em 4 de dezembro de 2021, no Jardim União da Vitória (Zona Sul).
O caso já havia sido julgado em 2 de fevereiro de 2023. Embora os jurados tenham reconhecido a tentativa de homicídio, o réu acabou absolvido. O MPPR recorreu, apontando contradições nas respostas dos jurados, e o julgamento foi anulado, retornando agora para novo júri.
Segundo o processo, Manoel invadiu a casa onde Tatiane dormia com a filha de 11 anos e a atacou com uma faca, atingindo seu pescoço enquanto afirmava que a mataria. O crime ocorreu poucos dias após ela iniciar um novo relacionamento. O Ministério Público acusa o réu por tentativa de homicídio triplamente qualificada - feminicídio, motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima - além da agravante por ter ocorrido diante de uma descendente.