O Terminal Rodoviário de Londrina amanheceu ‘debaixo d’água’ por conta das inúmeras goteiras e vazamentos que tomaram conta da entrada da estação por causa da chuva. A reportagem esteve no local na manhã desta segunda-feira (13) e pôde notar que muitos usuários precisavam desviar dos baldes e das poças que se acumulavam na entrada.
A pensionista Eliane Moreira, 53, desembarcou em Londrina por volta das 8h e reclamou da situação, caracterizando como constrangedora e assustadora. “Eu achei que ia chegar na minha cidade natal e pensei que ia ter conforto, mas cheguei passando mal com todo esse aguaceiro pingando nas minhas malas e na minha cabeça”, relata, complementando que o problema deve ser ainda pior para os turistas que vêm visitar a cidade.
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Ela disse que precisou desviar das goteiras e que quase não achou um assento que não estivesse molhado por conta da chuva. “Mesmo embaixo da cobertura tem uma inundação. É bizarro isso”, afirma. “Quase que a minha mala de rodinhas fica nadando na poça d’água”, complementa.
Segundo ela, a situação só melhorou um pouco após a retirada de parte da água que estava acumulada no chão com auxílio de rodo pela equipe de limpeza. Apesar disso, mesmo sem chuva, as goteiras seguiram caindo em ritmo constante. Muito mais do que um desrespeito com os usuários, a pensionista afirma que por trás do problema existe uma “negligência política”.
Problema antigo
Enquanto aguardava a chegada de um carro de aplicativo, Milena Miliane também relata que as goteiras na Rodoviária de Londrina são um problema recorrente, sendo que há menos de dois meses enfrentou a mesma situação em um dia de chuva. “É uma vergonha porque tem goteira e poças de água para todo o lado”, opina.
Uma curitibana, que desembarcou em Londrina na manhã desta segunda-feira, afirmou à reportagem que é "muito feio" encontrar uma rodoviária nesse estado, com água espalhada por toda a entrada. Outro casal que seguia em direção ao piso superior também comentou que havia “mais água dentro do que fora".
"Manutenções pontuais"
Em nota, a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) disse que equipes trabalham desde o domingo na tentativa de amenizar os problemas de infiltração no local. Entretanto, garantiu que a situação não trouxe prejuízo aos usuários e nem atraso nas viagens programadas.
A CMTU também citou que a administração do Terminal Rodoviário de Londrina tem feito “manutenções pontuais” no prédio para diminuir as infiltrações e melhorar a situação no local. Uma das medidas a serem tomadas, segundo a nota, será a retirada dos ônibus das plataformas de 51 a 55, o que pode ajudar a reduzir o peso sobre a laje.
“O problema de infiltração na Rodoviária é crônico e vem desde a sua inauguração há 37 anos, e que só será resolvido de forma definitiva com uma grande reforma, após um processo licitatório, que ainda não tem previsão para ser aberto”, finaliza.
Chuva
De acordo com informações do Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná), Londrina recebeu 63,2 milímetros de chuva entre o domingo e a manhã desta segunda-feira. O tempo deve seguir instável ao longo do dia e o acumulado deve ser de mais 30 milímetros até a noite. As máximas devem chegar aos 25°C. Na terça-feira (14) o tempo deve ficar estável e não há previsão de chuva.
Queda de árvores
Além dos problemas enfrentados na Rodoviária de Londrina, a chuva também causou a queda de três árvores na cidade, segundo o balanço disponibilizado pela Defesa Civil, sendo uma na região Oeste e duas na Sul.
Um dos registros foi na Avenida Pandiá Calógeras, próximo ao Mercado Municipal Shangri-lá, em que uma árvore de cerca de 15 metros caiu sobre a via, no trecho de esquina com a Avenida Rio Branco. No local, por volta das 8h, as equipes estavam cortando a árvore para que fosse feita a retirada do material orgânico.
A expectativa era de que a via fosse liberada por volta das 9h. Para os motoristas que acessarem a via em direção à Avenida Rio Branco, há um retorno antes da interdição.
Falta de energia
Em nota, a Copel (Companhia Paranaense de Energia) disse que Londrina tem 13 ocorrências de falta de energia em atendimento pelas equipes, sendo que a maioria envolve situações pontuais.
No Paraná, são pelo menos duas mil ocorrências, principalmente nas regiões Noroeste (735), Oeste (502), Norte (257) e Sudoeste (305). Segundo a Copel, a maior parte dos atendimentos se refere a interrupções de pequeno porte e chamados individuais.
O município mais afetado neste momento é Figueira, nos Campos Gerais, com 3.278 imóveis desligados em razão da queda de uma árvore sobre a rede que abastece a cidade.
Os usuários podem comunicar a falta de luz pelo aplicativo da Copel, pelo site www.copel.com ou pelo WhatsApp (41) 3013-8973.
A Copel alerta que em situações de temporais, a recomendação é seguir as orientações da Defesa Civil e jamais aproximar-se de locais onde haja postes quebrados ou fios caídos. Situações de risco devem ser relatadas à Copel através do telefone 0800 51 00 116.