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PROJETO POLÊMICO

Para analista, gasto milionário com TV Câmara de Londrina é ‘escárnio’

Douglas Kuspiosz - Grupo Folha
17 out 2025 às 15:58

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Foto: Fernando Cremonez/CML
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A CML (Câmara Municipal de Londrina) deve investir até R$ 4,68 milhões na contratação de uma produtora para criação de conteúdo da futura TV Câmara — canal aberto do Legislativo que ainda aguarda análise em Brasília. Enquanto a concessão não sai do papel, o material deverá ser utilizado nas mídias digitais da instituição.


O presidente da CML, vereador Emanoel (Republicanos), convocou a imprensa para uma coletiva na última quinta-feira (16) a fim de detalhar o projeto. Ele destacou o uso da tecnologia TV 3.0 e defendeu que a iniciativa representa um investimento em transparência e comunicação direta com os londrinenses. “A TV Câmara vem com essa finalidade. Não vejo desperdício, não vejo um gasto; pelo contrário, vejo um investimento”, disse.

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A avaliação do analista político e professor da UEL (Universidade Estadual de Londrina) Elve Cenci, no entanto, é diferente. Ele lembra que a maioria das casas legislativas do país transmite suas sessões pelas redes sociais e que cada parlamentar já possui canais próprios de divulgação, além da cobertura cotidiana feita pela imprensa. Para ele, há outras prioridades mais urgentes para o uso dos recursos públicos.


“Apesar de estarmos falando de orçamentos distintos, em um momento de cortes drásticos na assistência social, o gasto com a TV dos vereadores representa um escárnio ao contribuinte. Enquanto o Executivo corta parte do orçamento destinado aos mais pobres, ou seja, teremos menos dinheiro para políticas públicas destinadas àqueles que mais precisam, o Legislativo cria o seu próprio canal de mídia”, afirma Cenci.

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O analista também questiona o propósito do projeto. “Que função teria esse canal além da cobertura já existente da imprensa, da divulgação da Câmara e das páginas dos vereadores? Teríamos um canal de mídia bancado com orçamento público e profissionais qualificados que fariam matérias positivas sobre o Legislativo e os vereadores”, continua o analista.


Para Cenci, o conteúdo de uma “mídia oficial” da Câmara “dispensaria o teor crítico de muitas matérias veiculadas pela imprensa tradicional”.

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“A minha pergunta é: o que teríamos de novo que a divulgação atual pela imprensa, pelas mídias oficiais de cada vereador ou pela própria Câmara já não contemplaria? É importante lembrar que o teor de muitos projetos apresentados está aquém das necessidades e da complexidade de uma cidade de quase 600 mil habitantes”, ressalta. “Entendo o projeto como inoportuno, caro e com o risco de se tornar muito mais um canal de promoção individual dos vereadores do que propriamente um meio de divulgação e educação do trabalho legislativo.”



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