Londrina

Folha de Londrina completa 77 anos formando e informando gerações

13 nov 2025 às 15:27

Muito mais do que apenas um veículo de comunicação, a Folha de Londrina está presente no dia a dia do paranaense há 77 anos. Nestas quase oito décadas, o compromisso com a verdade, com a qualidade jornalística, com a ética e com o respeito aos seus milhares de leitores diários ajudaram a sedimentar uma trajetória construída a muitas mãos.


Nesta quinta-feira, 13 de novembro, a Folha de Londrina completa mais um ano de história, com reportagens que marcaram vidas e com projetos que formaram gerações. Um dos cadernos mais longevos é exemplo de uma das missões do jornal: ser uma ferramenta de aprendizagem.


A Folha para os pequenos


O Folha Cidadania existe há 31 anos e é o segundo caderno mais duradouro do jornal. Com o objetivo de participar da formação dos estudantes da rede pública de educação de Londrina, todas as semanas os alunos dos 5° anos recebem edições da Folha para trabalharem os mais diversos conteúdos, tanto dentro quanto fora da sala de aula.


Além disso, todas as terças-feiras, uma reportagem especial destaca os projetos desenvolvidos pelos estudantes, dando protagonismo aos alunos e divulgando iniciativas voltadas à educação ambiental, à cultura, à tecnologia, à ciência.


Eliane Candoti é professora e gerente de relações étnico-raciais da Secretaria de Educação de Londrina e explica que o jornal narra a história viva da cidade, da cultura ao esporte e à política, o que se torna um material importante e rico para ser utilizado durante as aulas. “A Folha Cidadania é um elemento enriquecedor do currículo escolar”, afirma.


Além de resgatar a autoestima desses estudantes, o jornal também é utilizado como ferramenta pedagógica, já que pode servir como objeto de estudo para que conteúdos como o de gêneros textuais possam ser trabalhados em sala de aula, além de incentivar à leitura e despertar a curiosidade para o que acontece na cidade, na região e no mundo.

Candoti afirma que o jornal é uma ferramenta de formação dos estudantes dos 5° anos, mas que também é compartilhado com outras turmas e até mesmo com a comunidade, já que muitos alunos levam o exemplo para casa. “Não fica só em sala de aula, não fica só como uma ação do professor com a criança, mas se torna um conjunto entre a Folha, a escola e a comunidade”, afirma.


Ela destaca que o jornal também é um excelente aliado no letramento dos estudantes, em que eles podem buscar palavras que começam com determinada letra ou diferentes tipos de frases. “É um canal de alfabetização”, garante.


A gerente afirma que os estudantes ficam muito animados ao receberem o jornal e que o primeiro movimento é sempre o de folhear as páginas e de ver e comentar com os colegas o que eles mais acharam de diferente. “É um movimento natural das crianças explorarem os diferentes saberes que o jornal traz”, conta.


Eliane Candoti, que é professora de história, afirma que o estudo do jornal no dia a dia é muito significativo por trazer a “história viva”. “É a história fresquinha, a história do presente”, pontua. Segundo ela, os estudantes costumam, nos finais de ano, fazer uma pesquisa dos fatos que mais marcaram e impactaram a região em cada mês do ano.


E para os grandes


Outro projeto que nasceu com a missão de formar e informar é o Folha nas Universidades, que concede acesso gratuito à edição digital da Folha de Londrina aos estudantes da UEL (Universidade Estadual de Londrina), UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) e da Unopar Anhanguera.


A analista de projetos Ester Peixoto, 25, diz que aproveita para consumir as notícias do que vem acontecendo na cidade e na região, o que faz muita diferença para ela, já que está no segundo ano do curso de jornalismo na UEL. “É uma forma de inclusão para a gente estar por dentro do que acontece, tanto para os alunos do curso de jornalismo quanto para os outros também”, opina.


Para ela, cursar jornalismo é um sonho que vem desde a infância. Ela vem aproveitando muito a experiência de estar na universidade, principalmente com as disciplinas práticas, sendo que o desejo é trabalhar com o telejornalismo.


Em sala de aula, a turma utiliza as matérias como base para a produção de outras notícias ou até mesmo para análise da estrutura do texto. Além disso, a estudante aponta que eles fazem a leitura das reportagens e comparam com outros veículos para analisar a maneira com que cada um aborda determinado assunto, principalmente os mais polêmicos, o que permite uma análise mais profunda dos conteúdos e de como é feita a apuração das informações.


Ela acredita que a Folha é uma grande ferramenta de aprendizagem, sendo que muitos professores indicam a leitura para que os estudantes possam se inserir ainda mais no meio jornalístico. No começo do curso, segundo Peixoto, um professor da disciplina de técnicas de reportagem recomendava o jornal impresso para que os estudantes pudessem entender como deve ser estruturada uma reportagem escrita, que tem suas peculiaridades e é diferente do rádio e do telejornalismo.


Ela conta que lê todas as editorias, incluindo a jornada do LEC (Londrina Esporte Clube) até o acesso à Série B no Esporte, assim como o que vem acontecendo no dia a dia em Cidades ou as discussões da Câmara dos Vereadores em Política, mas que a reportagem que mais guarda com carinho é uma sobre as batalhas de rima em Londrina. “É uma bela reportagem. É incrível. Eu já usei como referência em alguns trabalhos meus”, afirma.


Presente em todos os momentos


Tanto para os pequenos quanto para os grandes, a Folha de Londrina está presente nas salas de aula das escolas do ensino fundamental e nos laboratórios das universidades, permitindo com que a leitura traga informação e conhecimento de mundo para todas as idades. No caso deste último, é o que pode fazer a diferença na hora de conseguir a tão sonhada aprovação no vestibular e o ingresso ao ensino superior.


Isso porque três textos publicados na Folha de Londrina foram utilizados na prova de redação das últimas três edições do vestibular da UEL. No vestibular de 2024, o texto “Como um malabarista”, escrito pelo colunista Abraham Shapiro, serviu como base para que os estudantes pudessem completar, em até seis linhas, o conteúdo exposto segundo a linha de raciocínio e pensamento do autor.


No ano seguinte, no vestibular de 2025, Shapiro também foi tema da prova de redação com o texto “Antes de tudo, o conceito”. Na prova, os candidatos precisavam escrever uma redação dissertativa-argumentativa tendo como base a frase “o diálogo também pode aumentar significativamente a satisfação pessoal e o prazer de viver daqueles que o praticam”, retirada do texto de Abraham Shapiro.


Na edição mais recente do concurso, realizada no fim de outubro e que dá acesso ao ano letivo de 2026, o texto produzido pelo colunista Sylvio do Amaral Schreiner, intitulado “Quando o sonho não é seu: frustração de perseguir ideias alheias”, também foi o tema para a redação. Na prova, os estudantes precisavam discutir, em um texto dissertativo-argumentativo, uma colocação do autor: “Viver o sonho do outro, é sobreviver. Mas viver o próprio desejo é, enfim, existir”.


Tradição e inovação


O superintendente do Grupo Folha de Londrina, Nicolás Mejía, celebra os 77 anos desde a primeira edição publicada do jornal, no dia 13 de novembro de 1948, e destaca a força e a importância que o veículo alcançou ao longo dos anos em Londrina e em todo o estado do Paraná, sendo uma fonte confiável de informação para a população há quase oito décadas.


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