A ExpoLondrina é o maior evento do agronegócio paranaense e um dos mais importantes do setor do Brasil. Em apenas onze dias, milhares de pessoas acessam o Parque de Exposições Governador Ney Braga.
Pessoas de todas as idades, de diferentes perfis socioeconômicos e que encontram atrações das mais variadas.
Ruth Garcia (90) percorreu mais de 700 quilômetros para visitar a feira. A aposentada veio de Praia Grande, São Paulo.
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"Gostei de tudo, tem muita coisa linda, mas a minha preferida são os cavalinhos da raça mini-horse", disse a aposentada. "Este é o segundo ano que minha mãe decide visitar a ExpoLondrina. Ela passou a semana inteira perguntando quando viria para o parque para passear. É sempre uma diversão", comentou a empresária Rosângela Garcia.
De Ibiporã, região metropolitana de Londrina, vieram três gerações de uma mesma família. A gerente Sandra Melo estava acompanhada da filha, Heloísa, e da neta Manoela.
"Todas temos vontade de passear por aqui, é importante ter esse encontro familiar e passar essa tradição de geração em geração", comentou a matriarca.
Situação semelhante vivenciada por Conceição Barbosa, que passeava pelo parque de diversões acompanhada da filha, Andressa, e das netas Sofia e Mariana. Todas moram em Rolândia, região metropolitana de Londrina.
"É muito divertido, traz bastante distração e é bom para descontrair um pouco", disse a doméstica.
Uma das novidades da 61ª Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina foi a Praça da Inclusão, para recepcionar famílias atípicas. A agricultora Marlene Ito acompanhava a sobrinha, Adriana, e o filho Arthur.
"Ela pede para trazê-la todo ano, até marca no calendário a data da ExpoLondrina. É um evento muito especial para a gente", comentou.
“A Praça da Inclusão é um marco. A Sociedade Rural do Paraná criou uma área de inclusão para que a gente possa ver que a diferença quem faz somos nós por não saber lidar e conduzir a situação”, salientou o presidente da SRP, Marcelo El-Kadre.
Os bichos são uma atração à parte da ExpoLondrina. Durante a feira, mais de 5 mil animais passaram pelo Parque Governador Ney Braga.
A aposentada Ivanir Lagnoli realizou o sonho de montar num desses bichos - ela passeou num touro. A idosa estava acompanhada de um grupo de mulheres da terceira idade de São Sebastião da Amoreira, município localizado a 65 quilômetros de Londrina.
O pequeno Heitor Silva (7) também teve o privilégio de passear num animal, no caso dele foi um pônei. "Ele adora cavalo e pediu para ser cowboy. Essa é a hora dele", brincou a recepcionista Renata Silva.
Jeferson Ferreira passeava com a filha no recinto de ovinos. Julia (5) ficou alguns minutos acariciando um filhote de carneiro. "A criança não tem costume de ver esse tipo de animal na cidade e ter esse contato é muito legal", disse o motorista.
Já no Pavilhão de Pequenos Animais o público se aglomerava. Os coelhos e porquinhos da índia atraíam olhares de todas as idades, principalmente das crianças. Patrícia Aparecida Almeida acompanhava a filha, Pérola (5), encantada com um coelhinho nas mãos.
"Adorei a ideia. Para a criança, é fundamental essa experiência por estimular os sentidos e ter contato com animais”, salientou a professora.
Ao lado estava Arthur (5), que se equilibrava ao tentar segurar um exemplar de coelho gigante. “É bastante assertivo esse vínculo de crianças com animais, é sempre bom, uma experiência única”, enfatizou a professora Natália Behlau.
As exposições de tantas espécies e variedades de raças pecuárias são o que fazem a ExpoLondrina a maior feira do setor da América Latina.
“A ExpoLondrina é uma das poucas feiras que existem no Brasil que ainda exploram a pecuária. E isso é um fator muito importante, fora que é uma atração a mais para o público”, comentou o criador Rogério Ramalho, da Estância das Acácias, de Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo.
“É uma feira de muita credibilidade, histórica e de impacto no cenário nacional para o criador”, ressaltou o pecuarista Alexandre Ghelardi, da Fazenda Estância Livia, em Botucatu, São Paulo.
No setor gastronômico, variedades. Cada cantinho do parque tem cheiros e sabores que aguçam os paladares mais exigentes.
E foi a Feira de Sabores que fez a engenheira agrônoma, Carolina Oliveira, viajar mais de oito mil quilômetros. No recinto, ela reencontrou o ‘’pastel de Belém’’ e remeteu uma viagem que fez para Portugal.
“Isso me surpreendeu. Não sabia que havia pastel aqui na feira. Bati o olho e deu muita vontade de comer novamente”, disse.