O embaixador sul-coreano Lim Ki-mo esteve, na tarde desta terça-feira (30), no Hospital do Câncer de Londrina. O diplomata é conhecido por ser fã de karaokê e cantar clássicos da música brasileira. Ele conheceu a estrutura do hospital e, em seguida, cantou "Evidências", de Chitãozinho & Xororó, e "Não Deixe o Samba Morrer", de Alcione.
Ki-mo chegou às 15h50 na entidade e foi recebido pela diretora institucional Mara Rossival Fernandes. Ela o levou às áreas de radiocirurgia, radioterapia, raio x e tomografia. De acordo com o vice-presidente do hospital, José Pelayo, a visita é importante para que o representante da Coreia do Sul - país que é um dos maiores expoentes em tecnologia do mundo - possa, em uma oportunidade futura, atrair investimentos ao hospital.
Fernandes reforçou a fala de Pelayo, demonstrando estar esperançosa quanto às futuras parcerias. "Estamos muito felizes em recebê-lo. Através disso, podemos abrir as portas para as parcerias. Toda a oportunidade de a gente estar se integrando e achando parceiros é muito importante", frisou.
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Ela, enquanto apresentava a instituição, exaltou os cerca de 80 mil voluntários que ajudam o hospital com R$ 10 por mês, gerando uma receita extra de R$ 800 mil mensais. Ki-mo, que contava com o auxílio de um tradutor, ficou impressionado com a informação.
A diretora ainda mostrou os equipamentos de última geração que o Hospital do Câncer possui, como as máquinas de raio X e de tomografia, que, segundo ela, são "motivo de orgulho".
O diplomata recebeu das mãos da diretora o certificado de amigo do Hospital do Câncer. Além disso, foi homenageado por uma das pacientes com um urso de pelúcia, que representa o abraço da instituição.
"Estou muito feliz e honrado de estar aqui neste hospital. Desejo prosperidade e muito sucesso. Ao invés de palavras, eu quero cantar", agradeceu Ki-mo, levando os convidados ao riso.
O secretário de governo da prefeitura de Londrina, João Martins Esteves, também discursou, reafirmando a importância da presença do embaixador no local.
"Isso é para vocês entenderem a importância que tem o Hospital do Câncer de Londrina. Isso deixa claro que o trabalho desenvolvido aqui repercute não só nacionalmente, mas mundialmente", pontuou.
A apresentação
Ki-mo não escondia que estava ansioso para se apresentar. Enquanto a cerimonialista anunciava os convidados, ele expressou mais uma vez, ao pegar no microfone, a ansiedade em cantar.
O embaixador não domina completamente a língua portuguesa, mas demonstrou realmente ser fã dos artistas brasileiros, ostentando letras certeiras e sotaque quase imperceptível.
Em uma apresentação de aproximadamente três minutos, cantou "Evidências" e, após pedidos da plateia - formada por profissionais da entidade e convidados - voltou a soltar a voz ao som de "Não Deixe o Samba Morrer". Confira:
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A visita de Ki-mo ao Hospital do Câncer de Londrina foi viabilizada por Heuler Martins, diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Suco Integral. O embaixador, segundo ele, vai passar por outros municípios do norte paranaense.
"Primeiramente fomos a Paranavaí visitar a Prats [empresa de sucos]. Amanhã ele irá para Ibiporã e Rolândia e, no outro dia, Rolândia e Londrina novamente", explicou.
Mesmo sendo, inicialmente, uma viagem com foco em aproximar o setor produtivo das embaixadas, Martins pontua que Ki-mo colocou como condição para vir ao Paraná a visita a algum hospital.
"Quando o convidei, ele falou 'eu vou, mas quero visitar um hospital. O sogro dele está passando por essa doença lá na Coreia. Ele [o embaixador] esteve em São Paulo e gostou muito de poder levar uma energia positiva para as pessoas que estão passando por um momento difícil", explicou Martins, que também tem um filho tratado no Hospital do Câncer.
O diplomata sul-coreano ressaltou à reportagem as suas impressões sobre o estado e sobre a indústria e medicina local.
"Pude ver que a medicina e a indústria crescem juntas. A relação comercial entre Brasil e Coreia registra aproximadamente 12 bilhões de dólares anuais e continua a aumentar. O Paraná tem bastante potencial", concluiu.