O procurador-geral de justiça do MPPR (Ministério Público do Paraná), Francisco Zanicotti, completa um ano no cargo neste mês de abril e destacou que uma das mudanças sob seu comando foi a forma de enfrentar as mortes em confrontos com as forças de segurança no Estado.
Em visita à Associação Flávia Cristina, zona norte de Londrina, na tarde desta quarta-feira (2) Zanicotti apontou as atitudes que têm sido tomadas nos últimos meses, incluindo a atuação na área de segurança pública e na descentralização do MPPR, que culminou no evento MP em Movimento, motivo de sua presença na cidade até o final desta semana.
"Não é uma atitude simbólica. Conversamos com a sociedade, com colegas da região. Sabemos que está difícil”, iniciou o procurador, que reforçou a atuação do MPPR na área de segurança e a abertura de investigações contra agentes do Estado quando for necessário.
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“No começo da gestão, instituímos uma forma diferente de enfrentar essa questão, que é muito grave, que é a morte em confrontos policiais. Aprimorando os dados, fomos estudando para ver como foram aqueles confrontos. Foram confrontos onde o policial, em legítima defesa própria ou de terceiros, agiu contra o criminoso? Isso é uma situação. Mas quando há o mínimo indício de que aquela conduta possa ter sido, de alguma forma, excessiva, sem ser apresentada a legítima defesa, investigamos mais a fundo. Chamamos e encaminhamos para o Gaeco”, destacou o membro do Ministério Público. Recentemente, a Subjur (Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos) desarquivou uma série de inquéritos de mortes em confrontos.
Em Londrina, o procurador-geral assinou um acordo de cooperação entre o MPPR e a Guarda Municipal. Segundo ele, na prática, isso pode acelerar investigações de crimes.
“Firmamos aqui uma parceria com a Guarda Municipal de Londrina, com a Corregedoria da Polícia Militar e da Polícia Civil também. Então, todos os envolvidos cuidam, ao mesmo tempo, da segurança da população e de um olhar mais criterioso sobre essas mortes em casos de violência policial. A gente combate o crime antes dele acontecer, com tecnologia e inteligência. E isso se faz com informações. Se eu tenho informação do Ministério Público e a Guarda Municipal também a detém, somos mais fortes. Então, quem combate o crime organizado tem que trocar informações, todos contando o que veem”, afirmou Zanicotti.
Leia a reportagem completa na Folha de Londrina:

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