Londrina não escapou das fortes chuvas que atingiram grande parte do Paraná neste final de semana. Na cidade, a chuva, o vento e o granizo causaram destelhamentos, queda de árvores e transtornos em diversas regiões da cidade. Apesar disso, a situação está sob controle neste momento, de acordo com a Defesa Civil, com atendimentos pontuais para as famílias que foram impactadas.
O secretário de Defesa Social de Londrina, Felipe Juliani, explica que a situação no município neste início de semana está controlada, com as vias todas desobstruídas. Ao todo, a pasta contabilizou 144 árvores derrubadas pelo temporal no fim de semana e 32 destelhamentos por vento e granizo. No momento, ainda há uma solicitação de vistoria na Vila Yara, na zona leste de Londrina, para avaliar a segurança estrutural de uma residência.
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A chuva que atingiu Londrina chegou entre a noite de sexta-feira (07) e a madrugada de sábado (08). Foram registrados 19 milímetros de chuva, granizo e rajadas de vento que passaram dos 77 quilômetros por hora.
Após a chuva, 34 famílias solicitaram lonas para fazer a cobertura emergencial das casas, além de outras que foram entregues nos bairros para que os moradores pudessem fazer a retirada. As regiões mais atingidas foram a da Estrada do Limoeiro, na zona leste, e na zona norte, com 60 e 50 ocorrências, respectivamente.
O secretário pede ainda que as pessoas utilizem o telefone 199 como o principal meio para acionar a Defesa Civil em caso de emergência e para solicitar algum auxílio. “Isso ajuda a entender qual região foi a mais afetada e para que possamos levar ajuda”, explica.
Doações para Rio Bonito do Iguaçu
A pasta está recebendo doações de produtos de higiene, fraldas, alimentos não perecíveis, água e ração para cães e gatos que devem ser encaminhadas para famílias atingidas na região e também em Rio Bonito do Iguaçu (Centro-Oeste), município devastado pelo tornado. “Vamos atender a nossa cidade primeiro e assim que tivermos uma carga fechada vamos levar para ajudar os amigos de Rio Bonito”, explica.
As doações podem ser entregues na sede da Defesa Civil, na Rua Joaquim de Matos Barreto, n° 333, das 8h às 22h, de segunda a sexta-feira. O secretário pede para que voluntários entrem em contato para que possa ser feita uma escala de trabalho para receber as doações, já que, dessa forma, os agentes seguem nas ruas para atender outras ocorrências caso seja necessário.
“Se forem doar, doem para a Defesa Civil, não façam doações para pessoas isoladas porque foge do nosso controle e não sabemos se essas doações vão chegar realmente nas pessoas que precisam”, alerta.
Previsão de mais chuva
Juliani afirma que a pasta vem monitorando de perto a situação da chuva no município. A previsão indica que Londrina deve receber novas chuvas a partir de quinta-feira (13), mas o secretário adianta que ainda é muito cedo para emitir qualquer alerta de risco.
Alguns postos de saúde e escolas do município também foram atingidos pela chuva no fim de semana, mas o secretário afirma que a situação já está sob controle, com atendimentos e aulas seguindo normalmente neste início de semana. “Tanto a nossa secretaria quanto as outras deram uma resposta muito rápida à população”, afirma, parabenizando todas as equipes que atuaram entre sexta-feira e sábado no atendimento às ocorrências.
Limpeza continua
Na manhã desta segunda-feira (10), a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização de Londrina) deu início à limpeza de algumas vias do município. Logo no início da manhã, uma equipe estava na Avenida Alziro Zarur, na região leste, com a retirada de árvores e galhos.
Enquanto aguardava o ônibus em um ponto próximo ao Hospital Universitário, uma aposentada que preferiu não se identificar contou à reportagem que sentiu muito medo durante o temporal, principalmente por conta do barulho. “Parecia que ia sair tudo voando com o vento”, relata. Ela disse que estava com o marido em casa quando começou a chover, mas que ligou para os filhos para saber se eles estavam bem. “A gente tem que pedir a Deus proteção”, afirma.
Cristiane Ferreira, 47, é proprietária de um pet shop na Avenida Alziro Zarur e agradece o fato de o estabelecimento não ter sofrido nenhum dano, tanto que pôde trabalhar normalmente no sábado. “Tinha algumas árvores caídas, mas já estavam cortadas”, conta, em relação ao cenário na região.
No Pioneiros, bairro em que ela mora, a situação foi diferente, com diversas ruas alagadas, queda de árvores sobre as vias e falta d’água. “O nosso maior medo é a ventania e o que o vento pode causar”, relata.