Se a primeira onda de frio de 2021 provocou queimadas leves na produção agrícola de Londrina e região, a severidade desta terceira tirou o sono dos produtores.
De acordo com a agrometeorologista Angela Costa, que atua no IDR-PR (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná), esta sexta-feira (30) contou com a sexta geada da estação no norte paranaense. Para ela, quem não preparou a proteção, certamente teve a safra comprometida.
O café, foco do programa Alerta Geada, desenvolvido pelo IDR em parceria com o Simepar (Sistema), exigiu medidas prévias ao advento do inverno. A pesquisadora explica que as plantas de seis meses a 2 anos deveriam ter recebido chegamento de terra em maio.
Para as mudas novas, com até seis meses, é indicado o enterrio. Os viveiros podem ser cobertos e protegidos com nuvens de aquecimento, por exemplo.
Se a planta foi afetada pela geada, o produtor faz a poda e evita maiores prejuízos, pois, se os cristais de gelo atingirem o tronco, as células morrem.
O clima gelado não preocupa só quem cultiva este grão que, após torrado, moído e coado, é muito bem-vindo na xícara. As estufas abrigadas em hortaliças também precisam receber um sistema de aquecimento.
A previsão emitida pela meteorologia local indica que culturas como tomate, milho, pastagens, frutíferas tropicais, entre outras, também poderão ser afetadas pelas geadas. Para receber o Alerta Geada, é necessário enviar uma mensagem para o WhatsApp (43) 3376-2248 com a frase "quero receber o alerta geada".
Previsão
Considerando dados do Simepar, pelo menos nos próximos dias, os agricultores poderão ter mais tempo para calcular custos e prepararem as lavouras para eventuais fenômenos.