O ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), e o diretor-geral da Itaipu Binacional, Enio Verri (PT), estiveram em Londrina nesta segunda-feira (31) para o lançamento de um programa que levará energia fotovoltaica para Santas Casas e hospitais filantrópicos do Paraná. O investimento no Femipa Energia será superior a R$ 81 milhões e vai gerar 18 megawatts.
O projeto será dividido em dois lotes. O primeiro terá a instalação de placas solares em 30 hospitais espalhados pelo Paraná, com início previsto para abril de 2025, e o segundo inclui quatro usinas em solo em Londrina, Colorado (Norte), Andirá (Norte Pioneiro) e Guarapuava (Centro-Sul), com obras previstas para começar em junho de 2025.
“A expectativa é que esse investimento da Itaipu ocasione uma redução de cerca de R$ 12 milhões por ano de despesas dessas entidades e instituições. Esses recursos são muito importantes porque, apesar de receberem emendas parlamentares, as emendas são carimbadas. Com a redução da conta de energia, esses hospitais poderão ter investimentos diários maiores, permitindo melhor atendimento à população”, disse Verri, que ressaltou o compromisso socioambiental da Itaipu.
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Presidente da Femipa (Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Paraná), Charles London pontuou que, após um "exaustivo trabalho de levantamento e entendimento das necessidades", a Itaipu entendeu que pode ajudar no custeio dos hospitais.
“Existe uma defasagem significativa entre o valor gasto para cada paciente no atendimento ao SUS e o valor da remuneração da tabela atual. Isso é recurso que ficará para o hospital, propiciando melhor atendimento, outros investimentos, aquisição de equipamentos, enfim, outros benefícios que cada um dos hospitais poderá utilizar”, disse London.
Uma das demandas que a Federação tem levado para a CMB (Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas), que dialoga com o Ministério da Saúde, é a mudança na remuneração dos procedimentos. “A tabela está bastante defasada, o ministro foi muito sensível a essas demandas e estamos criando grupos de trabalho para poder analisar essas propostas”, completou o presidente.
O ministro Alexandre Padilha se manifestou no mesmo sentido, destacando que os recursos que sobram refletem em “mais atendimento” e redução do tempo de espera para o atendimento especializado, com consultas e cirurgias eletivas. Ele adiantou que serão feitos mais de 750 mil procedimentos nos municípios paranaenses neste ano - estratégia que conta justamente com as Santas Casas e hospitais filantrópicos.

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