A CLCH (Secretaria Geral do Centro de Letras e Ciências Humanas) da UEL (Universidade Estadual de Londrina) recebeu um memorial em homenagem às vítimas de feminicídio tentado ou consumado, obra que marca os três anos de trabalho do Néias - Observatório de Feminicídios de Londrina.
Desde a segunda quinzena do mês de junho, o Memorial “Nenhume a Menos” conta com os dados pessoais de 44 mulheres vítimas de violência, dentre elas, quatro da comunidade universitária da UEL.
NÉIAS
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Criado pela atuação da docente do Departamento de Ciências Sociais da UEL Silvana Mariano ao lado de pesquisadoras, ativistas e jornalistas, o Néias - Observatório de Feminicídios de Londrina é atualmente presidido pela também docente do departamento, Martha Célia Ramirez Gálvez.
O trabalho do observatório e a instalação do memorial também contam com o apoio da diretoria do Centro de Letras e Ciências Humanas da UEL.
Em 2021, o observatório surgiu em meio ao julgamento da tentativa de feminicídio contra Cidneia Aparecida Mariano da Costa - irmã de Silvana. Conhecida como Néia, Cidneia foi vítima de violência de gênero em 2019 e desenvolveu graves sequelas neurológicas, motoras e cognitivas, vindo a falecer em 2021.
Desde essa primeira ação, a organização tem se unido para “levantar a voz pelas tantas Néias” de Londrina.
LESFEM
No primeiro semestre de 2022, as ações do grupo foram ampliadas no campo acadêmico, com a criação do Lesfem (Laboratório de Estudos de Feminicídios).
Formado por estudantes de graduação e pós-graduação, o Lesfem atua na produção de dados, informes, eventos e relatórios sobre julgamentos de casos de feminicídios tentado e consumado pelo Tribunal do Júri na Comarca de Londrina.