O Carnaval de Rua de Londrina esta volta após dois anos sem comemorações populares dessa natureza nas ruas da cidade (2021 e 2022), por conta da pandemia de Covid-19. Em 2023, várias atrações celebram o espírito carnavalesco e convidam os foliões londrinenses para as margens do Lago Igapó 2, onde será promovido, no dia 19 de fevereiro, um grande evento público e gratuito aberto a todos.
Em clima de preparação, algumas oficinas e ensaios de carnaval já estão em andamento por meio de encontros que envolvem arranjos de percussão, alegoria, maquiagem, customização e audiovisual (veja mais detalhes abaixo).
As iniciativas englobadas no Carnaval 2023 são da Prefeitura de Londrina e a agenda cultural conta com a participação de três projetos aprovados para essa finalidade e patrocinados pela Secretaria Municipal de Cultura, por meio de recursos do Promic (Programa Municipal de Incentivo à Cultura). São eles os blocos Bafo Quente, Barbada e Rua Eklétika, todos selecionados pelo Programa Carnaval Popular, inserido no Edital 003/2022 do Promic. O investimento total do Município é de R$ 80 mil para os projetos.
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Conjuntos festivos formados por blocos musicais animarão o público no dia 19, domingo de Carnaval, promovendo um grande movimento coletivo que irá migrar em cortejo dançante até o espaço do Aterro do Lago Igapó. Lá, o bloco Bafo Quente, grupo já tradicional e famoso pelos eventos e festas na região, subirá ao palco para fazer a apresentação final, em show previsto para depois das 18h.
Antes disso, a programação começa logo no início da tarde, às 14h, com uma concentração para recepcionar pessoas das mais diversas faixas etárias e aquecer o clima. Este primeiro momento irá ocorrer na esquina da avenida Higienópolis com a rua Joaquim de Matos Barreto, próximo à ponte sobre o Igapó 2.
Deste local, a partir das 16h, os blocos estreantes Barbada – originado da conhecida festa de mesmo nome -, e Rua Eklétika – iniciativa idealizada para o Carnaval 2023, conduzirão o cortejo popular com veículos equipados com sistema de som rumando em direção ao Aterro. A festa terá um minitrio e carreta com músicos tocando instrumentos de percussão e sopro, além DJs, apresentação de dança e outras.
Outra atração do evento será a presença do também estreante bloco de carnaval organizado pela Fábrica – Rede Popular de Cultura, integrante das políticas desenvolvidas pela própria Secretaria Municipal de Cultura. O grupo acompanhará toda a movimentação na região do Lago Igapó, desde o começo dos festejos. O bloco é formado por representantes dos projetos que compõem a rede Fábrica, por meio do qual são ofertadas oficinas de criação cultural e hoje já conta com mais de 30 projetos vinculados, transitando entre várias linguagens artísticas e públicos. Há abordagens voltadas à música, dança, teatro, hip-hop, circo, capoeira e outras, tudo financiado com recursos do Promic.
Segundo o coordenador do programa Fábrica, da Secretaria Municipal de Cultura, Valdir Grandini, membro da equipe responsável pela organização do Carnaval de Londrina 2023, o evento convida o público londrinense e da região a celebrar a retomada da festa popular de rua com blocos e apresentações. Foram dois anos sem edição por conta da pandemia – a última promovida em 2020.
“A intenção é oferecer uma festa divertida, plural e repleta de alegria, para que as identidades comunitárias e culturais possam se expressar em blocos carnavalescos, esse é o caráter do carnaval de rua. O período de contenções e restrições da pandemia trouxe muitas dificuldades e tristezas, todos sabemos, e agora é um momento diferente, mais expansivo, de alívio, alegria e sociabilização. Em 2020, milhares de pessoas participaram no Lago Igapó e a expectativa é de uma festa muito bonita novamente”, destacou.
O coordenador e músico do Bloco Bafo Quente, Guilherme Rossini, reforçou o convite ao público para o cortejo do Lago Igapó e show no Aterro, prometendo uma grande e animada folia, repleta de energia e com repertório surpresa. O grupo foi formado em 2006 e toca em diversos eventos e festas, incluindo as de Carnaval, desde 2010.
“Ficamos dois anos sem poder tocar no Carnaval, então estamos muito motivados e ansiosos, assim como o público, que vem nos perguntando bastante sobre o evento. É uma grande satisfação participar novamente nesse retorno do carnaval londrinense, a expectativa é alta e acredito que a festa será um sucesso. Estamos nos preparativos desde 2022, alinhando aspectos artísticos e de estrutura. O público pode aguardar o suprassumo do Bloco Bafo Quente, formado hoje por 20 integrantes, em uma festa linda com repertorio recheado de músicas antigas e atuais, bem no nosso estilo e arranjo, incluindo instrumentos de escola de samba, cordas e vozes”, relatou.
Oficinas
As oficinas da Rua Eklétika, em andamento, começaram no último dia 4 e vão até 18 de fevereiro. Cerca de 90 pessoas estão participando das ações formativas, em 12 encontros, ao todo, promovidos na Usina Cultural. As abordagens são variadas e focadas nos segmentos de audiovisual, maquiagem criativa, percussão e customização.
“Tem sido um processo muito legal, pois, além da troca de saberes, estamos vendo o bloco tomar forma em diferentes linguagens com participação ampla e diversa de pessoas e artistas. Alguns estão tendo seu primeiro contato com algumas linguagens, outros aprimorando técnicas ou experimentando, cada um com suas individualidades e formando um processo diverso”, declarou Paulo Vitor Miranda.
Em 2022, também com apoio do Promic, o Bafo Quente promoveu duas oficinas de percussão, durando cerca de dois meses e reunindo uma média de 40 participantes, dos 18 aos 65 anos. O resultado do projeto será uma apresentação aberta ao público feita pelos alunos participantes, no Zerão, dia 21 de fevereiro (terça-feira de Carnaval), no espaço Sabor & Ar, a partir das 17h.
Organização – De acordo com o coordenador do programa Fábrica, da SMC, Valdir Grandini, Prefeitura vem trabalhando para terminar de alinhar todos os detalhes referentes à estrutura do evento de 19 de fevereiro, no Lago Igapó. Diversas secretarias e órgãos municipais estão inseridos nas tratativas, juntamente com outros segmentos e instituições de poder da cidade.
Nesse quadro, disse Grandini, estão em diálogo as secretarias de Cultura, Saúde, Guarda Municipal, CMTU, Codel, bem como a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, entre outros parceiros. “Um evento público desse porte exige um conjunto de ações para além do cronograma cultural, que precisam estar bem estruturadas para que o evento possa ser o mais organizado e seguro possível. Isso passa por policiamento, segurança, banheiros químicos, controle de trânsito, limpeza e outros elementos. Os esforços são para promover uma festa leve e divertida, sem confusões e com segurança para os presentes”, detalhou ele.