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Janeiro Roxo: hanseníase demanda conhecimento, tratamento e acolhimento

29 jan 2024 às 08:30

Dados do Ministério da Saúde mostram que o Brasil registra, em média, cerca de 30 mil novos casos de hanseníase anualmente, fazendo com que a doença seja um problema de saúde pública no País. 


Uma londrinense de 79 anos faz parte desta estatística. A confirmação do diagnóstico veio após a realização de um exame. “A reação foi de medo com a doença”, define a idosa, que prefere não ser identificada.


O tratamento foi por intermédio do Cismepar (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema), onde pegava os remédios. 


“Depois de finalizar o tratamento passei a ser avaliada mensalmente no primeiro ano e depois vou espaçando. Tenho consciência que, minimamente, precisarei ser acompanhada no serviço por cinco anos”, conta. “A vida atualmente está bem, porém, ainda sinto fraqueza nas pernas”, comenta.


Uma das enfermidades mais antigas do Mundo, a hanseníase é crônica e causada por uma bactéria denominada Mycobacterium leprae. A doença pode atingir qualquer pessoa e afeta, principalmente, pele, olhos, mãos, pés e nervos.


“Entre os sintomas estão uma ou mais manchas de cor variada: esbranquiçada, avermelhada ou acastanhada; mancha com diminuição e/ou perda de sensibilidade; pele seca e queda de pelos; dor, sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e pernas; caroços no corpo, avermelhados e dolorosos; e diminuição da força muscular das mãos, pés ou face”, listou a enfermeira Flávia Meneguetti Pieri.


GRATUITO


A contaminação acontece por meio de gotículas de saliva que são eliminadas na fala, tosse e espirro no contato próximo e frequente com doentes que ainda não iniciaram o tratamento ou estão em fases adiantadas da doença, sem os devidos cuidados. 


Apesar de grave, a hanseníase tem cura e o tratamento é gratuito, oferecido no SUS (Sistema Único de Saúde). Londrina tem dois centros de referência: o Cismepar e a Policlínica Municipal. A porta de entrada são as UBS (Unidades Básicas de Saúde).


“A cura é mais fácil e rápida quanto mais precoce for o diagnóstico. O tratamento é via oral e envolve a associação de três antimicrobianos. Essa associação é denominada Poliquimioterapia Única (PQT-U) e está disponível nas apresentações adulto e infantil. A associação de antimicrobianos reduz a possibilidade de desenvolvimento de resistência medicamentosa pela bactéria causadora da doença, o que pode ocorrer quando se utiliza apenas um medicamento”, detalha a profissional de saúde, que é professora do Departamento de Enfermagem da UEL (Universidade Estadual de Londrina), onde coordena o Grupo de Atuação e Pesquisa em Infectologia da instituição.


Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA:


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