Diversas entidades protestarão em frente à Prefeitura de Londrina na próxima segunda-feira (19) para cobrar o Executivo sobre o fim de programas sociais e os cortes no orçamento da Assistência Social para 2026.
De acordo com a presidente do Conselho Municipal de Assistência Social, Josiani Nogueira, programas como Movimenta Cras e Nova Trilha não serão continuados. "Hoje foram repassados todos os aditivos da Proteção Social Especial, ou seja, o que vai continuar em 2026, o que continua do jeito que está, o que teria que ser reduzido e o que deixaria de existir."
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Segundo Nogueira, a plenária desta quinta-feira (16) foi marcada por emoção dos envolvidos, já que, com o resultado, ficou estabelecido o fim de diversos programas mantidos com repasses públicos. "Fizemos a plenária e foi muita emoção, porque alguns serviços vão ser encerrados."
Nesta quinta-feira (16), os conselheiros decidiram, inicialmente, se votariam aditivo por aditivo ou se não votariam nada. A maioria dos conselheiros decidiu não votar nada e organizar protestos para a próxima semana. "Nós vamos fazer um movimento lá e toda semana vai ter alguma coisa pra expor a dificuldade do orçamento e o tanto de gente que vai ficar sem atendimento", diz Nogueira.
De acordo com a presidente do Conselho, uma das principais perdas é o programa Nova Trilha. "Foi feito um programa para atendimento das pessoas que queriam servir comida na rua, para a população de rua, para que servissem num lugar mais adequado. São cerca de 80 a 110 atendimentos por dia", explica. "Nós vamos fazer um documento amanhã colocando esses dados. Isso vai impactar diretamente na população de rua que se alimenta lá, que vai voltar a se alimentar no centro da cidade recebendo uma marmita", destaca, explicando que serão cortadas 16 vagas de república para PSR (Pessoa em Situação de Rua) e 15 vagas de república masculina moderada.
ENTENDA O CASO
Tramita na CML (Câmara Municipal de Londrina) a proposta de LOA (Lei Orçamentária Anual) que prevê a redução de R$ 17 milhões no orçamento da Secretaria Municipal de Assistência Social em 2026, passando dos atuais R$ 134 milhões para R$ 117 milhões.
Diante da situação, na quarta-feira (15), em reunião do Conselho Municipal de Assistência Social de Londrina, foi aprovada, sem reposição inflacionária, a renovação dos contratos com as entidades que prestam serviços de convivência com atendimento a crianças e adolescentes. A resolução passou com ressalvas de que, futuramente, caso haja um aporte de recursos do Executivo, ele seja condicionado ao ajuste da inflação.
Na ocasião, apoiadores e membros de entidades como Epesmel, Clube das Mães Unidas e Associação Flávia Cristina preencheram o auditório da Secretaria de Assistência Social e expuseram críticas diretas à secretária da pasta, Marisol Chiesa.
Dentre os aditivos e editais de chamamento votados, um deles foi rejeitado pelo conselho: O edital PSB (Proteção Social Básica) no domicílio, que previa uma meta de 350 famílias atendidas por mês e um aditivo de R$ 837,7 mil. A proposta recebeu duras críticas das entidades integrantes, tendo 9 votos contrários, 7 a favor e 4 abstenções.