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Em contraste com o Rio Grande do Sul, estiagem prejudica lavouras no Norte do Paraná

14 mai 2024 às 10:45

Enquanto os gaúchos sofrem há duas semanas com a tragédia causada pelo excesso de chuvas, uma boa parte do Paraná enfrenta uma estiagem prolongada e temperaturas acima da média para esta época do ano. 


Na região de Londrina, o índice pluviométrico acumulado desde março está 62% abaixo da média registrada no período. A seca leva preocupação ao campo, especialmente para o cultivo do milho, que está em fase de enchimento de grãos.


A estação meteorológica do IDR-PR (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná) registrou, em março e abril, um total de 137,7 milímetros quando o esperado era acima de 360 milímetros. 


O acumulado de chuvas totalizou 110,6 milímetros em março, 127,1 milímetros em abril e, em maio, até o momento, não choveu no Norte do Paraná. Em maio, até agora, nenhuma gota sequer de chuva caiu sobre o Norte paranaense. 


A média histórica para março é de 144,4 milímetros, para abril, 103,9 milímetros e em maio, 115,1 milímetros.


“Tivemos a atuação de uma massa de ar quente e seco que predomina na nossa região e que se comporta como um bloqueio atmosférico. Ela não permite que os sistemas frontais, as frentes frias que estão provocando chuva no Rio Grande do Sul avancem na nossa direção. Essa massa de ar quente e seco também está sendo responsável pelas temperaturas bem elevadas, esse calor intenso e ondas de calor e, consequentemente, a precipitação abaixo da média climatológica que temos acompanhado nos últimos tempos”, explicou a agrometeorologista do IDR-PR, Ângela Beatriz Costa.


MILHO


Em seu mais recente boletim, o Deral (Departamento de Economia Rural), órgão da Secretaria de Estado do Abastecimento) responsável pelo monitoramento da cadeia produtiva agrícola no Paraná, apontou os riscos para a cultura de milho, em fase de floração e enchimento de grãos. 


Segundo o boletim que avalia as condições de tempo e cultivo, referente ao período de 30 de abril e 6 de maio, algumas áreas do Estado são afetadas pelo forte calor e pela estiagem. Há lavouras que estão desde 16 de abril sem receber chuvas. Na fase inicial do enchimento de grãos, a água é fundamental.


No último levantamento, o Deral observou a piora das condições de campo do milho segunda safra 2023/2024. No boletim divulgado em 9 de maio, os técnicos do departamento constataram que dos 2,4 milhões de hectares plantados, 64% apresentavam condição boa ante 67% na semana anterior. 


Enquanto isso, as áreas classificadas como em condição mediana somaram 24% e 11% estão em condição ruim.


Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA:


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