A Sociedade Rural do Paraná (SRP) procurou a UEL para realizar parceria num projeto inédito: a elaboração do Preço Mínimo de Referência (PMR) da arroba do boi gordo, que identifique os custos de produção e garanta rentabilidade ao criador. A iniciativa da formação desse índice é da diretoria de Pecuária de Corte da SRP, atendendo reivindicação dos produtores.
Foi criado um grupo de trabalho para formular um projeto de extensão e a metodologia que será utilizada para chegar ao preço final, levando em conta as muitas variáveis, desde o preço da terra, insumos utilizados na produção, cercas, arame, prego, vacinas, entre outros.
Esse grupo de trabalho é formado por três professores do Departamento Zootecnia, um de Economia, um de Administração e dois representantes da PROEX. Na primeira reunião desse grupo, marcada para quarta-feira, 19, vão participar também representantes do Conselho Técnico e da Diretoria de Atividade Pecuária.
Segundo o presidente da Sociedade Rural, Alexandre Lopes Kireeff, hoje o setor convive com um quadro evidente de déficit na produção de carne bovina, entretanto a quantificação desse déficit não é óbvia. Para isso, o Conselho das Sociedades Rurais, que é liderado pela Sociedade Rural do Paraná, identificou a necessidade de instituir esse preço mínimo de referência.
Na prática, com o PMR cria-se um instrumento de referência no momento do fechamento do negócio, com a indústria, ou o frigorífico. O produtor precisa ter uma referência qualificada para saber se aquele valor que o mercado está sugerindo a ele é compensador ou não. Serve também como um mecanismo de alimento de preços.
Além dos professores, alunos vão participar do projeto, atuando como estagiários.
Fonte: Notícia Digital/UEL