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Tecnoshow

Secretaria pede pressa na liberação do seguro de trigo

Agência Estadual de Notícias
28 set 2009 às 19:33

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O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, está preocupado com o excesso de chuvas que está prejudicando o rendimento das lavouras de trigo no Paraná. Nesta segunda-feira (28), ele encaminhou ofício ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e ao Banco Central pedindo para acelerar os pedidos de vistoria dos produtores de trigo que fizeram o seguro agrícola do plantio.

A informação é do diretor do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Francisco Carlos Simioni, que participou nesta segunda-feira (28) da quarta edição rural Tecnoshow, que teve como tema de abertura o "Trigo Brasil: situação atual e desafios. A Tecnoshow é uma promoção da Sociedade Rural do Paraná e está sendo realizada em Londrina até o dia 4 de outubro.

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Segundo Simioni, o Paraná é o maior produtor de trigo do País e o governo do Estado está preocupado porque, em parceria com o governo federal, fez um chamamento ao agricultor para ampliar a área plantada com a cultura. O objetivo é deixar o Brasil menos dependente do trigo importado. No Paraná, a área plantada aumentou de 1,15 milhão de hectares para 1,3 milhão de hectares.

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O governo federal lançou uma série de mecanismos de apoio à comercialização do trigo, sendo o seguro agrícola um dos mais importantes. O governo do Paraná também lançou políticas de apoio como a complementação ao prêmio do seguro agrícola e o programa de Irrigação Noturna para os triticultores, que dá descontos de 60% no uso da energia elétrica durante o período noturno.

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De acordo com Simioni, o seguro agrícola ainda não está sendo acionado porque as seguradoras alegam que a cobertura atinge somente as perdas provocadas pelas chuvas e não pelas doenças. Daí o envolvimento do secretário Bianchini que está alertando o governo federal e o Banco Central para a solução desse impasse.


Simioni explicou que o ofício assinado pelo secretário Bianchini tem como base uma nota técnica, assinada por 12 pesquisadores do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e da Embrapa, atestando que as doenças que estão prejudicando as lavouras de trigo são decorrentes do excesso de chuvas que estão impedindo ou impediram o agricultor em entrar nas lavouras e fazer o controle químico.

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"Com as chuvas, muitos agricultores não conseguiram aplicar os fungicidas. E aqueles que conseguiram, os produtos foram perdidos e as doenças atacaram da mesma forma", salientou.


As discussões sobre os caminhos que levam ao fortalecimento da triticultura nacional levaram à Londrina o diretor do departamento de Comercialização do Ministério da Agricultura, José Maria dos Anjos, a coordenadora de política agrícola do Ministério da Fazenda, Mônica Avelar Antunes Neto, o presidente da Câmara Setorial do Trigo, Rui Polidoro Pinto e o assessor da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), Roland Guth, entre outras autoridades, recepcionadas pelo presidente da Sociedade Rural do Paraná, Alexandre Lopes Kireeff.

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Além da indefinição do pagamento do seguro agrícola, outra preocupação dos agricultores exposta durante a Tecnoshow refere-se aos preços pagos ao trigo, que estão abaixo do preço mínimo estabelecido em R$ 33,00 a saca ou R$ 550,00 a tonelada.


Segundo o representante das cooperativas do Paraná (Ocepar), Flavio Turra, os produtores paranaenses não podem ficar no prejuízo e devem ser amparados pelo governo. Para Dos Anjos, a opção que está sendo estudada pelo governo federal é aumentar a alíquota da Tarifa Externa Comum (TEC) que incide sobre as importações de trigo de 10% para 35%. "Esta seria uma forma de aumentar o preço do grão no mercado interno para atingir pelo menos o nível do preço mínimo e melhorar a remuneração aos produtores", defendeu.


Para o representante do governo do Estado na solenidade de abertura da Tecnoshow, Gil Abelin, que é chefe do núcleo regional da Seab em Londrina, há anos os produtores de trigo vem enfrentando problemas sérios no momento da comercialização de suas lavouras, com queda drásticas nos preços. Ele defendeu um lobby dos três estados do Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná), os maiores produtores, para que se encontre uma solução política.

"O País tem tecnologia para plantar trigo e pode atingir a autosuficiência no consumo. O que precisa é de solução política para o setor", defendeu.


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