Com o retorno das chuvas, os produtores estão intensificando o plantio das lavouras de verão. De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, desde o último sábado (13) choveu em praticamente todo o Estado, exceto no Norte Pioneiro, região onde menos choveu.
Na avaliação do engenheiro agrônomo do Deral, Otmar Hubner, choveu o suficiente para plantar, mas não para repor a necessidade hídrica do solo. "Portanto, a situação ainda é preocupante e precisa chover mais", destacou.
Entre os municípios onde o volume de chuvas foi mais satisfatório no período de 10 a 15 de outubro destacam-se União da Vitória, com 83,4 milímetros, Palmas com 98,2 milimetros, Maringá com 62,8 milímetros, e Londrina, com 39,6 milímetros.
No entanto, as chuvas foram bastante irregulares dentro de uma mesma região. É o caso do município de Entre Rios do Oeste, localizado entre Toledo e Marechal Cândido Rondon. Em Entre Rios do Oeste choveu 57,4 milímetros enquanto Toledo choveu 13 milímetros. Em Palotina, outro município próximo a Toledo, choveu 25 milímetros.
Sobre a situação de plantio e colheita das principais lavouras em todo o Estado após as chuvas, o levantamento do Deral revela que por causa da escassez de chuvas nos últimos meses o milho da primeira safra 2007/08 foi semeado em apenas 59,4% da área, contra 75,3% no mesmo período de 2006.
Apesar do zoneamento agrícola permitir o plantio da primeira safra de milho até 30 de novembro, historicamente ele ocorre até meados de outubro.
A semeadura da soja está no início, devendo ser intensificada no mês de novembro. O levantamento do Deral indica o plantio em 1,4% da área prevista. Em 2006, no mesmo período foram semeados 12% da área.
Hubner lembra que a falta de chuvas também dificultou o plantio de feijão da primeira safra 07/08, conhecida como safra das águas. A semeadura foi feita em apenas 58% da área prevista de ocupação de 336.630 hectares com a lavoura. O técnico acredita que a cultura deverá apresentar uma redução de área porque o agricultor não conseguiu plantar o feijão por causa do solo seco.
O plantio da batata da primeira safra também está sendo dificultado pela falta de umidade e foi feito em 81,1% da área. O plantio de cebola foi finalizado. (Com informações da Agência Estadual de Notícias)