A baixa intensidade para o fenômeno climático El Niño nos próximos seis meses, poderá significar que o tempo continuará castigando a agricultura por mais uma safra. Essa foi a previsão nada animadora revelada pelo especialista Luiz Renato Lazinski, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), durante o Encontro Cocamar de Produtores de Soja realizado nesta terça-feira (05) no Centro de Eventos Araucária em Maringá.
lazinkski afirmou aos 800 agricultores e técnicos presentes que "pelo andar da carruagem, não haverá grandes mudanças em relação ao comportamento do clima nos últimos dois anos".
Segundo o meteorologista, será um ano de neutralidade, ou seja, de pouca força para os fenômenos El Niño - caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do Pacífico Sul e La Niña, que promove justamente o processo inverso, de resfriamento. "A atividade mais intensa do El Niño traria um regime regular de chuvas para a região sul do País", comentou. Ele exemplificou que os anos de 2001, 2002 e 2003, que tiveram a presença do fenômeno, foram beneficiados "por um clima ideal", que resultou em grandes safras.
Para os meses de outubro e novembro, que é quando os produtores fazem a maior parte do plantio da safra de verão, a previsão é de chuvas levemente abaixo do normal. Para o mês de dezembro, precipitações dentro da média e, para janeiro, a estimativa é de 25% de diminuição das precipitações, considerando as médias históricas. De fevereiro a abril, a chuvas deverão situar-se abaixo da média.
Lazinski alerta que não está descartada a ocorrência de veranicos, estiagens e extremos de temperaturas. "Possivelmente não teremos grandes estiagens como as que ocorreram este ano", concluiu. (Com informações do Portal do Agronegócio)