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Oferta e procura

Preço da carne no varejo sobe mais que no atacado

Erika Zanon - Folha Rural
09 ago 2010 às 12:35

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Desde 2008 os preços para o consumidor subiram mais de 45%, enquanto a carcaça e os cortes no atacado reajustaram perto de 17% - Reprodução
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Economia aquecida e melhor poder de compra têm colaborado para o aumento do consumo de carne bovina. Os preços, por sua vez, seguindo a lei da oferta e da procura, estão cada vez mais valorizados. Estudo recente realizado pela Scot Consultoria, de Bebedouro (SP), apontou que os valores no varejo desenharam uma trajetória de alta bem maior que os do atacado. Desde 2008, conforme o levantamento, os preços para o consumidor subiram mais de 45%, enquanto o boi, a carcaça e os cortes no atacado reajustaram perto de 17%.

No levantamento, a Scot apurou que mesmo com dificuldades dos frigoríficos escoarem carne, a população está consumindo, já que os preços estão em alta. O estudo foi feito com base no mercado do estado de São Paulo. Mas, segundo Hyberville Neto, médico veterinário e consultor da Scot, os preços praticados no Paraná são semelhantes aos do estado vizinho.

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''A economia está aquecida, o consumidor está comprando. O cenário é bom para o varejo que consegue aumentar a margem de lucro'', avalia Neto. Sem levar em conta custos, acrescenta ele, mas somente pelos números levantados dá para ver que o varejo está levando vantagem em relação ao restante da cadeia. Em janeiro de 2009, por exemplo, o preço do quilo do contra-filé no varejo ficou em R$ 16,95, já no atacado R$ 12,52. Em janeiro deste ano custava R$ 20,45 e R$ 11,13, respectivamente. E em julho foi avaliado em R$ 18,61, no varejo, e R$ 9,86, no atacado.

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Para o consumidor, acrescenta ele, o preço mais alto obviamente não é interessante, mas ele pode optar por outros tipos de carne, como a de suínos e aves. Porém, produtores e indústria acabam diminuindo suas margens de lucro. ''O varejo força o atacado a manter o preço e o atacado, por sua vez, força pecuarista a manter ou até derrubar o preço'', observa Neto. Nos últimos dois anos, enquanto os preços do boi gordo, da carcaça bovina e dos cortes no atacado variaram de maneira semelhante, o varejo subiu constantemente.

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Por isso, na tentativa de ganhar essa fatia de mercado, analisa Neto, existem alguns frigoríficos entrando no varejo. O problema, é que os preços para o consumidor continuam pouco interessantes porque a indústria entra no varejo e aproveita a margem de lucro.


Mercado atual

O mercado da carne bovina, segundo o consultor da Scot, segue bastante firme. As exportações foram recorde no mês de julho, totalizando 132 mil toneladas, o maior volume do ano. Além disso, a arroba do boi gordo avaliada em R$ 85, no meio da semana, é 11,5% maior que o início do ano. ''O mercado está firme. Para o pecuarista lucrar ainda depende dos custos, mas o que se pode dizer é que o preço está melhor que no começo do ano'', pontua.


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