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Ao Governo Federal

PR pede intervenção para amparar venda de milho e trigo

Agência Estadual de Notícias
10 ago 2009 às 21:21

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O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, pediu ao governo federal a liberação de recursos para agilizar o escoamento dos estoques de milho da segunda safra de 2009 e de trigo da safra passada. As constantes quedas no preço estão prejudicando a comercialização desses produtos e criando situações difíceis para os produtores rurais.

Nesta segunda-feira (10), Bianchini encaminhou oficio aos Ministérios da Agricultura, Planejamento, Fazenda e à presidência da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) solicitando medidas emergenciais para dar equilíbrio ao mercado.

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A iniciativa foi adotada pelo secretário depois de reunião com produtores e cooperativas do Paraná que alertaram a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) sobre as atuais condições de mercado.

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Participaram da reunião os representantes das Federações da Agricultura do Paraná (Faep), dos Trabalhadores Rurais na Agricultura do Paraná (Fetaep), Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) e da superintendência da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), que assinaram ofício com o secretário da Agricultura.

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Para Bianchini, essas medidas são de fundamental importância, considerando que no Paraná, de acordo com as pesquisas realizadas pela Conab e pelo Departamento de Economia Rural (Deral), estima-se um crescimento de 9% na área cultivada com trigo este ano em relação ao ano passado e uma produção prevista de 3,37 milhões de toneladas, que, se confirmada, será 5% maior que a colhida no ano passado.


Para o milho, da produção da safra normal de verão de 6,5 milhões de toneladas, a preocupação é que foram vendidas apenas 70% dessa safra. Para agravar a situação, estão entrando no mercado mais 4,7 milhões de toneladas da segunda safra, sendo que foram vendidas apenas 10%. O restante se juntou aos estoques remananescentes da primeira safra para deprimir os preços mantendo-os abaixo do preço mínimo de garantia, que é de R$ 16,50 a saca.

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Segundo Bianchini, o Paraná tem estoques de trigo avaliados em 700 mil toneladas - sendo 340 mil toneladas da safra 2008 e ainda não vendida pelos produtores - e mais 360 mil toneladas do grão em estoques do governo federal, ocupando espaços nos armazéns.


Para o milho, estima-se estoques de 6,3 milhões de toneladas, sendo aproximadamente 2 milhões de toneladas remanescentes da safra passada e cerca de 90% da segunda safra de milho, que corresponde a 4,3 milhões de toneladas que ainda não foram vendidas.

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Hoje o preço médio pago pelos atacadistas aos produtores é de R$ 27,46 a saca de trigo e de R$ 15,12 a saca de milho. O secretário teme uma piora nessas cotações com o aumento da oferta com a entrada no mercado da produção de trigo da safra 2009 e do trigo que está sendo importado nessa época do ano.


A mesma situação ocorre com o milho. Está avançando a colheita do milho safrinha no Paraná ao mesmo tempo em que está entrando no mercado a produção vinda da região Centro-Oeste do País.

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PEDIDOS - A principal reivindicação das entidades é a implementação de instrumentos de política agrícola como o Prêmio de Escoamento de Produto (PEP), Aquisição do Governo Federal (AGF) e Contratos de Opções para as duas culturas.


O documento encaminhado pela Seab pede a realização imediata de PEP para 200 mil toneladas de trigo da safra passada e continuidade dos leilões de Valor para Escoamento de Produto – VEP, para desocupar rapidamente os armazéns da Conab.


Para a safra atual de trigo, que começa a ser colhida este mês, a Seab pede a liberação de recursos para AGF de 500 mil toneladas do grão, a partir de setembro de 2009. A partir de janeiro de 2010, mais leilões de PEP para escoamento de outras 500 mil toneladas. Também a partir de janeiro de 2010, a realização de leilões de Contrato de Opção para venda de novo lote de 500 mil toneladas, totalizando auxílio para o escoamento de 1,7 milhão de toneladas de trigo entre as duas safras.

Em relação ao milho, a Seab pede a intervenção do governo federal para compra de 200 mil toneladas, via AGF, e a realização de PEP para 300 mil toneladas por semana até completar um volume de 1,5 milhão de toneladas, que podem ser destinadas para os mercados interno e externo.


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