A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2011 deve atingir 159,9 milhões de toneladas, conforme a 12ª estimativa do ano, divulgada hoje (10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A projeção de dezembro supera em 6,9% a safra recorde de 2010 (149,6 milhões de toneladas) e é 0,2% maior do que o prognóstico de novembro (159,5 milhões de toneladas).
A área a ser colhida totaliza 48,7 milhões de hectares, registrando um aumento de 4,7% em relação a 2010 e de 0,2% sobre a estimativa do mês anterior.
O arroz, o milho e a soja, que são as três principais culturas (representam 90,3% da produção de grãos), respondem por 82,4% da área a ser colhida, com aumentos de 1,7%, 3,5% e 3,3%, respectivamente. No que se refere à produção, o arroz deve ter acréscimo de 19%; o milho, de 0,1%; e a soja, de 9,2%.
A Região Sul permanece em primeiro lugar entre as que mais produzem (67,6 milhões de toneladas), seguida pela Centro-Oeste (56 milhões de toneladas), a Sudeste (17,2 milhões de toneladas), a Nordeste (14,7 milhões de toneladas) e a Norte (4,3 milhões de toneladas). Na comparação com a safra passada, houve acréscimo em todas as regiões: Norte, 7,6%; Nordeste, 25,1%; Sudeste, 0,6%; Sul, 5,3%; e Centro-Oeste, 6,7%.
Entre os estados, o Paraná liderou a produção nacional de grãos, com uma participação de 19,7%, seguido pelo Mato Grosso, com 19,5%, e o Rio Grande do Sul, com 18,5%.
Entre os 25 produtos selecionados, 16 apresentam aumento na estimativa de produção em relação ao ano anterior, com destaque para o algodão herbáceo em caroço, com variação de 72,6%, amendoim em casca primeira safra (27,3%), arroz em casca (19%) e batata-inglesa primeira safra (13,3%).
O IBGE também realizou, em dezembro, o terceiro prognóstico de área e produção para a safra de 2012, estimada em 160,3 milhões de toneladas. O volume é 0,3% maior do que o da safra de 2011, em função dos ganhos esperados nas regiões Nordeste (7,9%), Sudeste (5,0%) e Centro-Oeste (3,7%). A área a ser colhida deve atingir 50 milhões de hectares, com aumento de 2,7%.