Os produtores de trigo paranaenses pedem uma nova política de comercialização que eleve o preço mínimo para R$ 537,42 por tonelada e amplie a cobertura do seguro para perdas nas lavouras e na produção em caso de queda da qualidade causada por condições climáticas. Uma pauta de reivindicações foi discutida em reunião realizada no Ministério da Agricultura. "O que o setor produtivo quer é uma política que dê sustentabilidade aos produtores", disse o secretário da Agricultura, Erikson Camargo Chandoha.
Os produtores alertam que a área plantada no Paraná, o maior produtor nacional de trigo, pode ser reduzida pelo menos em 10% em 2011, em função do baixo rendimento proporcionado pela cultura este ano. O documento entregue ao ministro da Agricultura, Wagner Rossi, alerta também para a depreciação do câmbio e as importações de trigo ameaçam a estabilidade necessária ao produtor.
O setor reivindica ainda medidas de apoio para conter o crescimento das importações de trigo, que inclui o aumento da Tarifa Externa Comum (TEC) imposta sobre a importação de trigo de outros países que não os do Mercosul. A TEC, atualmente de 10% deve ser ampliada para 35% para evitar importações que desestimulem a produção local, diz o documento.
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PRODUÇÃO - Na última safra, o Paraná produziu 3,2 milhões de toneladas, quase 60% da produção nacional, cujo volume alcançou 5,7 milhões de toneladas. O Brasil consome 10,5 milhões de toneladas de trigo por ano, o que o torna dependente de importações (com AEN).