A descoberta da presença em Foz de uma espécie de mariposa existente na Argentina alertou os órgãos de controle agropecuário e de vigilância sanitária. Por iniciativa do Ministério da Agricultura foi convocada uma força-tarefa para fiscalizar a origem dos hortifrutigranjeiros comercializados na cidade. A ação que envolverá apoio da Secretaria Municipal de Agricultura pretende coibir, dentre outros problemas, a comercialização de produtos como maçã e pêra da Argentina que entram clandestinamente no Brasil.
A mariposa Cydia Pomonella é uma praga que ataca principalmente as plantações de maçã e pêra. Em Foz a espécie foi identificada em uma das armadilhas montadas pelo Ministério da Agricultura em vários pontos da cidade. Na fase de larva a mariposa é conhecida como bicho-da-maçã. "Convocamos os órgãos para uma ação de fiscalização visando bloquear a praga e assim evitar a proliferação em território brasileiro", disse o chefe do Serviço de Vigilância Agropecuária do Ministério da Agricultura em Foz, João Alberto Nakamura.
Segundo ele, o inseto não representa risco à saúde, mas é capaz de causar enormes prejuízos às lavouras brasileiras. "Existe um problema muito sério na região do Porto Meira onde as pessoas usam um desvio para trazer produtos da Argentina sem passar pelo controle agropecuário e vigilância sanitária", observou Nakamura ao informar que a ação integrada está na fase de agendamento. O combate ao contrabando de produtos argentinos terá participação de outros órgãos federais, dentre eles a Polícia Federal.
O secretário municipal de Agricultura, Edson Mezomo, recebeu ofício do órgão federal solicitando apoio à força-tarefa. "O trabalho será de fiscalização em estabelecimentos e outros locais de comercialização de hortifrutigranjeiros. O comerciante ou autônomo terão que comprovar a origem do produto", adiantou. A lei prevê que nos casos da falta de comprovação de origem o produto é apreendido e o responsável multado, além de outras penalidades.