Jornadas exaustivas e condições precárias de trabalho podem ter levado à morte 11 cortadores de cana da região de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, nos últimos dois anos.
A conclusão é da Relatoria Nacional para o Direito Humano ao Trabalho, entidade apoiada pelo Programa de Voluntários das Nações Unidas e pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão.
A entidade realizou uma missão à região em outubro de 2005 e constatou que, em algumas fazendas, era recorrente a super exploração dos trabalhadores, assim como condições de precárias de trabalho, como falta de equipamentos de proteção individual, alimentação inadequada, jornadas de trabalho de dez horas e meta de colheita individual de dez a 12 toneladas por dia. O relatória compara a atividade dos trabalhadores rurais ao trabalho escravo.
A União da Agroindústria Canavieira, em nota, afirmou que pede a todos os seus associados que cumpram rigorosamente a legislação em vigor e sustenta que a atividade em São Paulo apresenta um nível de formalidade e remuneração que supera quaisquer outras do meio rural.
Informações da ABr