O Banco do Brasil (BB) vai deixar de oferecer crédito a produtores de soja que plantem em áreas desmatadas ilegalmente na Amazônia. O banco, maior financiador rural do país, aderiu hoje (1) à Moratória da Soja, iniciativa de empresas e organizações não governamentais (ONG) assinada em 2006 para boicotar a soja produzida em terras desmatadas recentemente.
O compromisso assinado pelo BB inclui o veto ao financiamento da produção de soja em áreas desmatadas a partir de julho de 2006 no bioma Amazônia, a exigência de regularização ambiental das propriedades para a concessão de financiamento e abertura de linhas de crédito para recuperação de reserva legal e Áreas de Preservação Permanente (Apa).
A adesão do BB foi assinada pelo vice-presidente de Agronegócios, Luís Carlos Guedes Pinto, em reunião na manhã de hoje com os coordenadores do Grupo de Trabalho da Soja (GTS), Paulo Adario, do Greenpeace, e Carlos Lovatelli, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).
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Junto com a pecuária, a soja ainda é um dos principais vetores do desmatamento na Amazônia. No entanto, nos últimos anos, as medidas de restrição de crédito a proprietários com irregularidades ambientais têm contribuído para a redução da derrubada no bioma. A nova taxa anual de desmatamento da Amazônia Legal – de 6.451 quilômetros quadrados – divulgada hoje, confirmou a tendência de queda e é a menor dos últimos 22 anos.