O Ministério do Desenvolvimento Agrário anunciou hoje(12/05) que o Plano Safra da Agricultura Familiar 2010/2011 terá recursos de R$ 16 bilhões, cerca de R$ 1 bilhão a mais do que plano anterior, no último dia de mobilização em Brasília do movimento do Grito da Terra.
Outra medida anunciada é a duplicação do limite de financiamento do crédito para aquisição de terras, passando de R$ 40 mil para R$ 80 mil e ampliação do limite de financiamento do programa Mais Alimentos de R$ 100 mil para R$ 130 mil.
Haverá, também, alteração no conceito da renda bruta anual do agricultor para efeito de acesso ao Pronaf . O financiamento ao cultivo de milho, arroz, feijão e trigo passa a ser feito para agricultores com renda de até R$ 220 mil. A renda máxima anterior para acesso ao Pronaf era de R$ 110 mil.
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A agricultura familiar passará ainda a ter R$ 1 bilhão para a Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM).
As medidas atendem parte da pauta de 223 reivindicações apresentadas nos últimos dias por integrantes do movimento do Grito da Terra a diversos ministérios e secretarias do governo.
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alberto Broch, disse ter ficado satisfeito com as negociações e destacou a revisão do índice de produtividade de terras para fins de reforma agrária , um dos itens que não foi atendido pelo governo, continuará na pauta do movimento. "O presidente não disse que não iria fazer, mas deu a entender que não seria por agora", disse Broch após audiência com presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os líderes do movimento Grito da Terra estiveram ainda com os ministros do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, e pelo ministro da Secretaria-geral da Presidência da República, Luiz Dulci, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede provisória da presidência da República.