Cerca de 9 mil agricultores familiares e assentados de reforma agrária no estado do Paraná estão habilitados a acessar o Programa de Garantia de Preços (Pgpaf).
Trata-se de um seguro para financiamentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para o custeio de arroz, feijão, milho, mandioca, soja e leite.
Segundo o delegado federal do Desenvolvimento Agrário no Paraná, Reni Denardi, o seguro é garantido sempre que o preço de comercialização estiver abaixo do preço de garantia definido anualmente.
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"É um valioso instrumento para os agricultores familiares se proteger diante de adversidades que estão fora do seu controle, como frustrações de safra devido a intempéries climáticas e acentuadas quedas de preços nos mercados de produtos agrícolas".
Ele afirma que, no estado, apenas os produtores de feijão tiveram preço de mercado inferior ao preço de garantia. "Em fevereiro, o valor médio de comercialização foi de R$ 36,77 por saca de 60 quilos. O preço de comercialização no mês anterior era de R$ 53".
De acordo com Denardi, os agricultores devem procurar o agente financeiro (Banco do Brasil, outros bancos e cooperativas de crédito), onde terão direito a um bônus de desconto no mesmo percentual da diferença entre o preço médio mensal de comercialização e o preço de garantia do produto.
"Para quem pagar entre 10 de março e 9 de abril, o desconto será de 30,62%. Esse percentual é diferença entre o preço de comercialização (R$ 36,77) e o preço de garantia (R$ 53)".
Ele acrescenta que os 9 mil agricultores financiaram aproximadamente R$ 30 milhões. "Se o desconto de 30,62% for mantido até o vencimento de todos os contratos, haverá um abatimento de mais de R$ 9 milhões. Dinheiro que os agricultores familiares paranaenses não precisarão pagar e que será arcado pelo Tesouro Nacional".
O Paraná é o principal produtor de feijão, colhendo duas safras por ano. A primeira colheita de 2007 rendeu 600 mil toneladas e a segunda, que está sendo plantada, tem uma estimativa de colheita de mais 200 mil toneladas.
"A cultura é muito suscetível ao clima, que este ano está favorável. Com isso, aumenta a oferta derrubando os preços do produto".
Agência Brasil