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População idosa

Mudança na pirâmide etária de Londrina traz novas oportunidades de negócios na região

Simoni Saris - Grupo Folha
22 fev 2025 às 12:23

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Em cinco anos, estima-se que a população idosa de Londrina irá crescer mais de 16%, saltando dos atuais 112.599 para 131.250 habitantes. Embora os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontem para uma desaceleração anual do crescimento demográfico no município, seguindo uma tendência nacional, o número de londrinenses acima dos 60 anos está em expansão, provocando uma mudança gradual no desenho da pirâmide etária. A base, formada pela população mais jovem, vai se estreitando enquanto ocorre o alargamento do topo, onde se concentram os mais velhos. O envelhecimento populacional associado ao aumento da expectativa de vida traz desafios ao poder público, mas também abre uma ampla gama de oportunidades para quem decide empreender, de olho no potencial de consumo dos 60+.


O Sebrae calcula que os idosos representam hoje 20% dos consumidores brasileiros. Chamada de economia prateada ou economia da longevidade, o mercado de produtos e serviços voltados a essa faixa etária movimenta, no país, cerca de R$ 2 trilhões ao ano. E a expectativa é de que a demanda dessa população cresça ainda mais. A análise dos dados estatísticos do município indica que até 2030, quase um quarto dos londrinenses terá mais de 60 anos de idade.

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Fundada em Curitiba, em 2015, a clínica Anjos da Guarda Cuidadores de Idosos vem melhorando seus resultados ano a ano. Hoje, conta com 22 unidades espalhadas pelo país e nos últimos dois anos, houve crescimento de mais de 400% no faturamento, que ultrapassa os R$ 10 milhões anuais, com a perspectiva de seguir crescendo. Inicialmente voltada à oferta de profissionais especializados para famílias que não têm disponibilidade para cuidar de seus idosos, a empresa ampliou a sua área de atuação, com cursos de formação e qualificação de novos trabalhadores, embora o forte ainda seja o home care. O sócio das filiais londrinense e maringaense da empresa, Roberto Carlos Santos Rulka, reconhece que é um serviço não acessível para a maioria da população, mas ainda assim, projeta um bom avanço nos resultados. “A gente viu um nicho. A população está envelhecendo e as pessoas não têm tempo de cuidar dos idosos. O cliente também não quer ter vínculo trabalhista com os profissionais pelo alto custo do registro profissional, com os encargos sociais, e pelo risco de processos trabalhistas.”

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As unidades sob a gestão de Rulka atendem 150 famílias que contratam planos mensais que custam a partir de R$ 6 mil, podendo chegar a R$ 13 mil, dependendo da carga horária e do número de dias na semana. “Nosso foco é o cliente classe A. O público classe C pode contratar o atendimento para acompanhante no hospital, algum serviço mais esporádico, na classe B, muitas vezes as famílias se cotizam para pagar o serviço, mas o foco é mesmo o público classe A.”

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Na Padrão Enfermagem, uma rede de franquias de serviço de home care, cerca de 80% dos atendimentos são voltados para o público acima dos 60 anos e essa participação deve aumentar ainda mais. “O setor de saúde para idosos só tende a crescer nos próximos anos, e quem investe nele agora está olhando para um futuro cada vez mais promissor”, disse o CEO e fundador da empresa, Rafael Schinoff. “Diante de um processo de envelhecimento populacional acelerado, a demanda por residenciais sênior de alta qualidade crescerá totalmente nos próximos dez e 15 anos, com uma maior exigência pelo bem-estar e humanização”, comentou o fundador da 3i Residencial Sênior, Fábio Alves, que projeta faturamento de R$ 10 milhões em 2025 nas unidades de São Paulo e Recife.


Mas se engana quem pensa que nicho rentável quando se fala na população 60+ é somente o da saúde, ou da falta dela. Quem investe na estética e na qualidade de vida, com clínicas que oferecem procedimentos faciais e corporais e academias de ginástica, por exemplo, encontra nessa parcela da população um cliente fiel e disposto a gastar. Há mais de duas décadas atuando como professor de hidroginástica, Luciano Rodrigues de Melo, da academia Forma D’Água, em Londrina, tem percebido um aumento constante do número de idosos matriculados. “Além de estar aumentando, é um público muito fiel, o mais fiel na academia. Tenho alunos que estão aqui há 15 anos e esse movimento tem aumentado. Para atender a demanda, aumentamos a quantidade de horários, colocando mais aulas pela manhã e à tarde. Nas aulas de hidroginástica, 95% ou mais dos alunos são idosos”, comentou o professor. Além da hidroginástica, as aulas de natação e musculação também têm grande adesão desse público.


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