De que forma o senhor pretende potencializar a inovação em Londrina?
Londrina tem uma vocação muito clara para a inovação e a nossa gestão vai abraçar isso. Vamos assegurar recursos para o FACITEL, o Fundo de Apoio à Ciência, Tecnologia e Inovação. Isso significa continuidade e consistência para projetos estratégicos. Também vamos tirar do papel o Programa Municipal de Incentivo à Inovação, que é uma lei importante criada na gestão Kireeff, mas que nunca foi implementada. Com o Promiin, teremos incentivos fiscais, apoio financeiro e recursos compartilhados para empresas e startups. Algo que me deixa muito orgulhoso é o fato de que, como deputado estadual, eu já vinha trabalhando para potencializar a inovação em Londrina. Entre outras ações, eu lutei para que Londrina fosse incluída na lei estadual que dá benefícios fiscais para empresas de tecnologia e informática. Era uma injustiça com a nossa cidade, porque os benefícios eram só para Foz do Iguaçu e municípios da região Sudoeste. Hoje, Londrina tem as mesmas condições de competir e atrair investimentos.
Como a sua gestão vai se destacar no desenvolvimento da inovação em relação a gestão atual?
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A nossa gestão será marcada pela ação, começando por evitar que recursos sejam perdidos por falta de planejamento ou contrapartida. Além disso, num trabalho conjunto com os vereadores, vamos modernizar leis. É um trabalho que já fiz como deputado estadual: fui relator da proposta de modernização da Lei de Inovação do Paraná. Foi um processo longo, mas entregamos uma lei atualizada que agora beneficia diretamente Londrina e outras cidades. Isso mostra que, com foco e articulação, dá pra fazer a diferença.
O Modelo Triplo Hélice, constituído pelas Instituições de Pesquisa, as empresas privadas e o Governo, é o modelo mais bem sucedido de desenvolvimento de inovação em todo o mundo. Como a Prefeitura de Londrina pretende fortalecer o ecossistema de inovação da cidade do ponto de vista de cada uma dessas instituições?
Eu sempre digo que ninguém faz nada sozinho. Quando todos trabalham juntos, é possível fazer muito mais do que cada um conseguiria sozinho. É assim que funciona a inovação: precisamos que universidades, empresas e governo trabalhem em conjunto, para que a cidade cresça e tenha melhores soluções para os nossos desafios. Vamos estreitar os laços com as universidades e instituições de pesquisa, implementar o Promiin, atualizar leis e desburocratizar a Prefeitura, para criar um ambiente mais favorável ao desenvolvimento e atração de negócios inovadores. Na Prefeitura, é nosso dever garantir que o Tecnocentro e o Parque Tecnológico Francisco Sciarra realmente funcionem como espaços em que ideias se transformem em negócios e soluções práticas.
A inovação social está em um estágio apenas inicial em todo o Brasil. Como o senhor pretende fortalecer esse setor em seu Governo?
Tudo que uma Prefeitura faz tem impacto direto na vida das pessoas e o nosso desafio é que esse impacto seja sempre positivo. E a tecnologia será nossa aliada para enfrentar desafios reais e dar respostas que melhorem a vida dos londrinenses. Na saúde, por exemplo, nós podemos utilizar plataformas digitais para organizar de forma transparente as filas de cirurgias eletivas e agilizar consultas. Mas para mim o ponto crucial é que a inovação não acontece de forma isolada. Eu acredito profundamente no diálogo. Vamos ouvir as pessoas, desde os especialistas e entidades que atuam no setor até os cidadãos de Londrina, que, com suas vivências e perspectivas, têm muito a contribuir e inspirar soluções mais criativas e eficazes. É essa conexão entre governo e comunidade que vai impulsionar uma verdadeira revolução em inovação social na nossa cidade.
*Lucas V. de Araujo: PhD em Comunicação e Inovação (USP).
Jornalista Câmara de Mandaguari, Professor UEL, parecerista internacional e mentor de startups.
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