A emprendedora Margareth Watanabe criou em janeiro de 2022, o próprio projeto de economia, o Londrina Criativa, e, hoje, quase dois anos e meio depois e diversas ações de profissionalização, é referência na mentoria de pequenos empreendedores e expositores de feiras de artesanato e da economia criativa.
“O meu propósito hoje é oportunizar, ver o potencial dos empreendedores e ajudar a impulsionar e incentivar a profissionalização”, afirma.
A arte sempre esteve presente na família de Watanabe. Apesar disso, somente com o passar dos anos a neta de imigrantes japoneses se rendeu à produção de produtos artesanais. A inspiração para ter criado o projeto veio depois da participação de diversas feiras.
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Ela conta que, desde criança, aprendeu alguns ofícios artísticos com os avôs. O avô imigrou do Japão ao Brasil como professor dos japoneses, com o objetivo de manter viva a cultura, tradições e idioma. Mas, também era poeta, escritor e artista plástico. Já a avó era costureira, bordadeira e lhe ensinou o crochê. “Eles tiveram uma influência muito grande em mim. Com seis anos eu já estava aprendendo crochê. Ao longo da vida já fiz caixas customizadas, crochê e costura criativa. Hoje, faço origamis em tecido, pois, me lembro de como minha avó engomava os tecidos com o motigome, que é o arroz com o qual se faz o tecido. Na realidade, meu trabalho se chama orinuno, que é o origami em tecido”, explica.
Ao mesmo tempo, Watanabe sempre atendeu clientes com o visagismo facial. O artesanato ainda era um hobby com o qual ela participava de algumas feiras. “Até que percebi que meus amigos expositores também precisavam dessa profissionalização, desde uma ajuda para calcular um preço até atender um cliente, apresentar um produto, técnicas de venda, apresentação de bancada”, diz. Assim, a empreendedora se transformou numa espécie de mentora, viabilizando oportunidades de multiplicar o conhecimento em workshops, cursos e palestras voltadas aos expositores.
Após participar do projeto Brilha Londrina, organizou a primeira feira
Tudo isso começou, de fato, a se desenhar, logo depois que ela participou, como expositora, do projeto Brilha Londrina, realizado pela prefeitura de Londrina em parceria com o Visite Londrina Convention Bureau, em dezembro de 2021. “Quando terminou o Natal, surgiu a ideia de continuar essa ação. Procurei a então diretora de turismo da Codel, Roberta Zulin, e a presidente do Convention, Hérika Galli, praticamente madrinhas do Londrina Criativa, e já na primeira quinzena de janeiro de 2022 organizei a primeira feira Londrina Criativa”, lembra. De lá para cá, o projeto desenvolveu diversas ações de profissionalização dos pequenos empreendedores.
O empreendedorismo que faz a diferença
A empreendedora vê o Londrina Criativa como um projeto de vida. “Contribuir e oportunizar formas dos expositores e empreendedores se profissionalizarem me traz uma realização muito grande. Com isso, vejo muitas vidas sendo transformadas não apenas na parte financeira, mas, também, comportamental”, ressalta Margareth. Esse é um dos principais desafios da economia criativa: profissionalizar, formalizar o negócio. “Fazer feira é vender o peixe. Mas, ensinar a pescar é conscientizar, buscar profissionalizar, oferecer a formação. Esse é o diferencial do Londrina Criativa, é poder mentorar cada empreendedor. O passo final é a feira”, diz.
Atualmente, o Selo Londrina Criativa oferta cursos, workshops e mentorias a quem estiver interessado. A feira itinerante já foi realizada no Sesc, no Londrina Matsuri, na Expo Japão e no Museu Histórico de Londrina. Além disso, foi uma das apoiadoras do Hackatur 2022, do Sebrae, e já participou da tradicional Quermesse do Santuário de Nossa Senhora Aparecida, na Vila Nova. A Londrina Criativa tem apoio do Visite Londrina Convention Bureau, prefeitura de Londrina, por meio do Codel (Instituto de Desenvolvimento de Londrina).
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