O Denarc (Divisão Estadual de Narcóticos) da PCPR (Polícia Civil do Paraná) cumpriu nesta terça-feira (18) três mandados prisão temporária – dos quais resultaram em duas detenções - e três de busca e apreensão, em Maringá e Sarandi (Noroeste), contra suspeitos de integrarem uma organização criminosa que atua no tráfico interestadual de drogas.
A ação dá suporte à Operação Porta Fechada, deflagrada pela 2ª Delegacia de Repressão ao Narcotráfico do Denarc do Rio Grande do Sul, que pretende desarticular uma organização criminosa envolvida em tráfico de drogas, fraudes financeiras e lavagem de dinheiro.
Até as 8h40, haviam sido presas 32 pessoas suspeitas, 12 armas, cinco veículos, cerca de R$ 90 mil e drogas – a quantidade não foi divulgada. Os suspeitos responderão por crimes como organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico, agiotagem, extorsão e adulteração de veículos.
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Histórico
As investigações tiveram início em julho de 2024, após a apreensão de mais de 400 quilos de maconha em Sapucaia do Sul (RS) em um veículo prestes a entrar em um pavilhão utilizado como depósito de entorpecentes. Durante a apreensão, também foram confiscados um veículo clonado, balanças de precisão e um celular, que se tornou essencial para o avanço das investigações.
Com a autorização judicial para medidas cautelares, a Polícia Civil revelou uma organização altamente estruturada, envolvida em crimes como tráfico de drogas, associação criminosa, agiotagem e adulteração de veículos. O grupo atuava em pelo menos 21 municípios de cinco estados brasileiros, com maior concentração na Grande Porto Alegre.
Operação e apreensões
A Operação Porta Fechada foi deflagrada para desmantelar a estrutura financeira e operacional do grupo. As investigações indicaram que a organização movimentava grandes quantidades de drogas, como uma carga de cinco toneladas de maconha apreendida pela PRF (Polícia Rodoviária Federal), avaliada em R$ 10 milhões.
Mesmo com líderes presos, a organização mantinha suas atividades por meio de ordens repassadas de dentro dos presídios. Os criminosos também aplicavam fraudes financeiras e golpes que beneficiavam uma empresa do setor alimentício, contratada para fornecer produtos a cantinas de penitenciárias do Rio Grande do Sul.
O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) identificou movimentações suspeitas da empresa, que transacionou mais de R$ 32 milhões em menos de 10 meses. A investigação apontou que o grupo utilizava a empresa para lavar dinheiro obtido com o tráfico e golpes financeiros. Em um episódio específico, um imóvel comprado por R$ 200 mil foi vendido no mesmo dia por R$ 890 mil, configurando uma operação suspeita de lavagem de dinheiro.