O sistema de transporte coletivo em Londrina começou a operar com 25 novos ônibus nesta segunda-feira (10), conforme a previsão contratual de renovação da frota. Uma cerimônia para apresentar os novos veículos foi promovida no Centro Cívico.
Os novos coletivos contam com ar-condicionado, rede wi-fi, carregadores USB individuais, piso emborrachado para isolamento térmico e acústico e suspensão pneumática. Além disso, possuem um sistema de comunicação em tempo real entre o motorista e a concessionária, além de orientação por áudio para passageiros sobre rotas e pontos de parada.
O investimento total das empresas Londrisul e TCGL (Transporte Coletivo Grande Londrina) foi de R$ 22,5 milhões, elevando para 101 o número de ônibus climatizados na cidade. Até maio, esse total deve chegar a 178, representando 46% da frota de 385 veículos.
Os veículos serão distribuídos em 16 linhas que atendem todas as regiões da cidade. Na zona leste, serão contempladas as linhas 106 (Guilherme Pires), 110 (Mister Thomas), 111 (Eucaliptos), 112 (Alexandre Urbanas) e 902 (Maritacas/Cidade Industrial). Já na zona sul, os novos ônibus serão alocados nas linhas 210 (União da Vitória) e 217 (Vivendas do Arvoredo), enquanto na zona oeste, atenderão a linha 307 (Avelino Vieira).
Na zona norte, serão beneficiadas oito linhas: 404 (Heimtal), 405 (Maria Cecília), 406 (Aquiles Stenghel), 501 (Parador Terminal Vivi Xavier), 801 (Terminal Vivi Xavier/Centro Cívico/Acapulco), 803 (Terminal Vivi Xavier/Estação Catuaí), 806 (Saul Elkind/Estação Catuaí) e 904 (Terminal Vivi Xavier/Terminal Acapulco).
Serviço público atrativo
Para o prefeito Tiago Amaral (PSD), a chegada dos novos ônibus representa um passo importante para tornar o transporte coletivo mais atrativo e eficiente. "Serviço público tem que ser de qualidade. Não é porque é público que tem que ser ruim ou defasado. Estamos exigindo muito das concessionárias para garantir um transporte de alto nível para os londrinenses", afirmou.
Ele ressaltou ainda que um dos grandes desafios é aumentar a atratividade do transporte coletivo, fator que impacta diretamente no custo da tarifa. "Precisamos criar ferramentas para que os usuários se sintam motivados a usar o transporte público. Nossa meta é garantir que 70% dos passageiros não gastem mais de 30 minutos para chegar ao destino", explicou.
Sobre a tarifa do transporte coletivo, Amaral informou que um estudo está em andamento e será apresentado nos próximos dias. Entretanto, um reajuste não está descartado.
Sustentabilidade
O presidente da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização), Fabricio Bianchi, destacou que o planejamento de mobilidade da cidade está alinhado com metas de sustentabilidade. "Estamos estudando a implantação do biometano como combustível para a frota. Já estamos em contato com as empresas para viabilizar essa transição", afirmou.
Por outro lado, a companhia reavalia a manutenção do Superbus, implantado no governo de Alexandre Kireeff e que completa nove anos de operação. Apontado à época como uma revolução no transporte coletivo, o Superbus opera atualmente com 16 veículos. "A CMTU está avaliando se manteremos esses veículos ou se os substituiremos por opções mais modernas e adequadas à demanda da cidade. Essa decisão será tomada em breve", pontuou.