As bonequinhas encantadoras
Eu e minha irmã ganhamos no tempo de infância duas bonequinhas. Na manhã de Natal, lá estavam elas, debaixo do pinheirinho. Ficamos muito contentes, pois elas eram maleáveis e muito engraçadinhas. Dobravam as perninhas e também os bracinhos. Uma era lorinha e a outra moreninha.
Assim nós as moldávamos com jeitinho para bricar. Brincávamos com elas todos os dias e demos os nomes de Aninha e Rosinha. Foi um presente incrível que ganhamos de nossos pais e ficará sempre marcado em nossa memoria.
Jucélia Betinardi
Acadêmica da Avipaf
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O bule
Enquanto segurava
a xícara de porcelana
pintada à mão,
buscava o adoçante
no bule de brinquedo
da menina.
Era possível ouvir o eco
das risadas da filha com o pai
- aquele que algum dia
foi de verdade -
e sentir o gosto do chá
de mentirinha,
ofertado à mamãe e à vovó.
Ela repetia aquele ritual
todos os dias,
para bulir, sem sucesso,
o silêncio da casa vazia
Chris Herrmann
Acadêmica da Avipaf
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Brinquedos no porão
No porão, onde dormem os brinquedos
antigos (a boneca sem um braço,
o carrinho sem rodas, o trem quebrado)
a umidade incentiva fungos e lembranças
dos interstícios das paredes
o passado espreita
chovem imagens da época de criança
a vertigem do ontem cria redemoinhos
cada ser humano tem as suas lembranças
a sua trajetória
a sua história
escrita com fogo nos cantos da memória.
Isabel Furini
Acadêmica da Avipaf - Cadeira 1
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Vamos brincar?
Salutar é o brinquedo
Aguça mente e coração.
Suscita a curiosidade
Voam os pensamentos.
O brinquedo desperta
A habilidade motora
Evoca lembranças
De uma infância feliz.
Brinquedo instrumento mediador
De emoções e aprendizagens
Carrinhos de madeira
bonecas de porcelana….Que encanto!
O brinquedo preferido é a bola
E que tem mais história no mundo.
Barbie! A mais famosa de todos os tempos.
Vamos brincar? Quem brinca! Vive!
Maria Antonieta Gonzaga Teixeira
Acadêmica da AVIPAF Cadeira 10