Em outubro, celebra-se a Campanha Outubro Rosa, uma ação veiculada no mundo todo e, que tem como objetivo, abordar o câncer de mama, tipo de câncer mais comum entre as mulheres, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer -INCA, Órgão ligado ao Ministério da Saúde. Com isso, aqui no BELA MANCHETE, vamos pautar não somente a relevância da Campanha- que abre discussão para tantas questões que envolvem o tipo de câncer citado-, mas também, quais os mecanismos que as mulheres possuem para reconquistar a autoestima durante e após o tratamento!
Para isso, conversamos com o Dr. Bruno André Di Rico, mastologista que atua no Hospital do Câncer de Londrina, e com a expert em micropigmentação paramédica e empresária, Roberta Peixoto.
“O câncer de mama é uma doença de origem multifatorial. Podem estar envolvidos: a predisposição genética, o estilo de vida, fatores ambientais, entre outros. O rastreio da doença é algo que precisa se estabelecer de maneira mais sólida no Brasil. Espera-se que cerca de 11 milhões de mulheres na faixa etária dos 50 aos 60 anos realizassem a mamografia, mas cerca de 2,5 milhões de mulheres fizeram o exame no período de 1 ano – uma cobertura de 24,8%, índice muito abaixo da recomendação da OMS, que é de cerca de 7 milhões para o Brasil. Para a população com risco habitual de câncer de mama, a sociedade brasileira de mastologia recomenda a mamografia anual a partir dos 40 anos como o principal exame de rastreio e detecção precoce para câncer de mama.
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A mamografia consiste em um procedimento rápido, não necessita de preparo e pode ser solicitado pelo seu médico, registra Dr. Bruno.Ele afirma também, que a situação complexa não acontece somente na descoberta da patologia, mas também durante o enfrentamento dela. “A mama é um órgão estético, está ligado à intimidade da paciente, com sua autoestima. Por isso, a busca pela reconstrução da mama é bastante corriqueira”.
Mas Di Rico comenta também, que a reconstrução da mama não pode ser encarada como uma cirurgia necessária, já que ela não é possível em todos os casos. “Temos dois tipos de cirurgia, a cirurgia conservadora e a radical. A cirurgia conservadora é quando preservo a mama, e na maioria das vezes, é possível aplicar técnicas de oncoplastia- junção de técnicas de cirurgia plástica e oncológica, cujo emprego é focado no tratamento do câncer de mama- e ela acontece de forma imediata, ou seja, já na retirada do tumor. Já a cirurgia radical, é um procedimento mais complexo, pois é realizada a mastectomia, ou seja, a retirada de toda a mama, na reconstrução precisamos refazê-la completamente'.
Di Rico comenta ainda que é preciso atenção aos fatores de risco para uma cirurgia de reconstrução. "A reconstrução pode ser feita imediatamente, durante a mastectomia, ou tardiamente, meses ou até anos depois da cirurgia oncológica. Isso dependerá das condições da doença e particularidades inerentes da paciente, pois existem contraindicações para a cirurgia de reconstrução, como tumores muito avançados e contraindicações relativas como diabetes, tabagismo, obesidade, entre outras situações”.
Mas lembramos que não só o órgão pode ser reconstruído, a aparência da mama como um todo pode ser reproduzida também, com o auxílio da micropigmentação paramédica, técnica onde o profissional de micropigmentação desenhará a aréola e o bico do seio da paciente dando uma aparência real à mama. “O procedimento é feito através de um dermógrafo com agulhas para colorir, dar cor a um desenho com efeito tridimensional, através da ilusão e da combinação de cores, associando a sombra com a luz. Usamos a pigmentação utilizadas em tatuagem ou micropigmentação mesmo. Mas para chegar ao procedimento, fazemos um esboço, um desenho do zero, mostrando para a cliente o que planejo pigmentar na mama. Faço como um mimo para elas, a demonstração do esboço repleto de detalhes, pois sei o quão importante é que ela ame o resultado”.
Roberta conta que muitas clientes registram sua emoção ao realizar a micro paramédica, pois após uma cirurgia de câncer de mama, ainda mais nos casos em que foi feita uma mastectomia completa, muitas mulheres se sentem com a autoestima prejudicada. “Após anos atuando nesse mercado, já estive com muitas pacientes e a grande maioria se emociona muito após o procedimento, pois chegam a se sentirem mutiladas. Então, trabalhamos os mínimos detalhes para que o efeito seja real, desde a cor do bico, as nuances”.
E salienta que existem técnicas para diferentes necessidades. “Existem duas possibilidades de micropigmentação paramédica na aréola, reconstrução periareolar, onde basicamente fazemos uma correção onde existe a cicatriz de alguma cirurgia que nossa cliente passou (como cicatriz de mamoplastia ou reposicionamento de aréola), e também a gente tem a possibilidade de reconstrução da aréola do zero para mulheres mastectomizadas ou que tiraram um quarto da mama e retirou, inclusive, a aréola”.
Que felicidade poder registrar em uma matéria que atualmente mulheres e homens podem ter acesso à procedimentos médicos e estéticos super modernos em nossa região.
Outra informação que é necessário que abordemos é que a reconstrução da mama e a micropigmentação paramédica é opcional. São ferramentas para promover mais conforto estético para mulheres que querem manter a aparência da mama. Dr. Di Rico afirma, por exemplo, que ele costuma encorajar a mulher que se importa com a estética e que não possui fatores de risco cirúrgicos, a fazerem a reconstrução da mama. “A paciente que passou pelo tratamento do câncer, passou por um período de turbulência, sinal de que ela tem de procurar melhorar sua qualidade de vida, seu sono, e até sua satisfação pessoal. E estar bem com sua autoestima, é importante”.
Vamos abordar ainda mais detalhes sobre a Campanha Outubro Rosa e o serviço que ela presta à comunidade, lembrando que é preciso atenção e cuidado quando o assunto é câncer.
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